Manifestantes e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam nesta segunda-feira (15) a fazenda Aquidoana, localizada na via Palmares II, zona rural de Parauapebas no sudeste paraense. A ação de caminhadas, bloqueio de vias e invasões estão acontecendo em todo o Brasil desde domingo (14) e faz parte do "abril vermelho", período que o grupo faz essas ocupações em protesto contra as políticas de reforma agrária do governo.

No dia 20 de novembro de 2023, o MST já havia ocupado duas fazendas de Parauapebas com mais de mil famílias, as fazendas “Santa Maria” e "Três Marias”. Foram os ocupantes desta fazenda que partiram para ocupar as novas áreas. De acordo com o movimento, as ações daquela época marcavam o Dia da Consciência Negra e a Jornada de Lutas Terra e Liberdade.

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Na manhã desta segunda-feira (15) manifestantes do MST deixaram o acampamento Terra e Liberdade carregando objetos pessoais. Enquanto esse grupo seguia em caminhada, outro grupo bloqueava a Vila Três Voltas na Vila Palmares II. A rodovia dá acesso a propriedades rurais e a outros municípios como Marabá. Pneus e cones bloqueavam o local impedindo o tráfego de veículos.

Maninfestantes bloquearam o acesso a Vila Três Voltas na Vila Palmares II
📷 Maninfestantes bloquearam o acesso a Vila Três Voltas na Vila Palmares II |Divulgação

De acordo com Vancivagner Evangelista, coordenador estadual do MST, o protesto foi para cobrar do Incra um acordo feito no ano passado. O Instituto havia prometido assentar as famílias do acampamento Terra e Liberdade em uma área mais segura depois em um acidente na rede elétrica, em que morreram nove pessoas, sendo dois técnicos de instalação de internet e seis ocupantes do assentamento.

À época, uma comitiva do governo federal visitou a área prometendo a realocação dos assentados, o que, segundo eles, ainda não aconteceu.

SIPRODUZ EMITE NOTA

O Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz) emitiu uma nota a respeito dessa nova ocupação. Segundo a nota, “Essas invasões representam não apenas uma violação flagrante da lei, mas também um desrespeito aos direitos dos proprietários e à ordem social estabelecida”. Ainda segundo a nota emitida, o Siproduz diz que “É fundamental que as autoridades ajam com firmeza para resolver essa questão, garantindo a segurança e a integridade dos proprietários e buscando soluções que promovam o diálogo e o respeito mútuo entre todas as partes envolvidas”.

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