A notícia da morte do apresentador Cid Moreira pegou o Brasil de surpresa após já ter perdido um grande outro ícone da TV, Silvio Santos. Após passar 29 dias internado em um hospital particular de Petrópolis, no Rio de Janeiro, Cid Moreira teve a sua morte confirmada nesta quinta-feira (3). A informação foi divulgada pela esposa de Cid no programa Encontro, de Patrícia Poeta, da TV Globo.
Ele estava tratando uma pneumonia, além de um problema crônico no rim. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.
Nascido em Taubaté, no interior de São Paulo, no dia 29 de setembro de 1927, Cid Moreira começou sua carreira no rádio, mas foi na televisão que encontrou seu verdadeiro palco.
Ao longo de 27 anos à frente do Jornal Nacional, Cid foi responsável por noticiar alguns dos momentos mais marcantes da história do Brasil e do mundo, desde eleições presidenciais até tragédias e grandes conquistas.
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Com uma dicção perfeita e um estilo único, ele se tornou referência no jornalismo, sendo lembrado pela forma calma, porém firme, com que transmitia os acontecimentos.
MÉDICO EXPLICA
O médico de Cid Moreira, ícone da TV brasileira que morreu aos 97 anos nesta quinta-feira (3), deu detalhes sobre a morte do primeiro apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo.
Nélio Gomes Júnior explicou que Cid já fazia hemodiálise em casa, por conta de uma insuficiência renal crônica, mas apresentou uma infecção e precisou ser levado ao hospital.
“Ele já vinha apresentando uma certa dificuldade para andar, já tinha um certo grau de atrofia muscular e de locomoção, e a situação se complicou com trombose venosa nos membros inferiores”, disse o médico, no programa Encontro, de Patrícia Poeta.
De acordo com Nélio, Cid ficou acamado. “Um paciente de 97 anos, que fica mais tempo acamado, com complicações de trombose venosa e evoluindo com um desgaste natural do organismo de três anos de diálise, o paciente se torna mais grave, para cuidados mais intensivos”, completou.
Ele explicou que vários médicos estavam envolvidos no tratamento multidisciplinar de Cid. O uso constante de antibióticos e as trocas dos remédios levaaram a um desgaste natural do organismo. “Infelizmente, é um paciente de 97 anos com múltiplas comorbidades, que acaba evoluindo para falência múltipla de órgão”, relatou.
Por fim, ele contou que Cid Moreira teve um tratamento digno e que estava com a cabeça boa todos os dias.