Se você reclama até por um grão de arroz no chão, atenção: o hábito de reclamar constantemente pode estar relacionado a sintomas de ansiedade e depressão. Pesquisas indicam que o hábito de queixar-se com frequência se conecta a pensamentos intrusivos, ruminação, cansaço mental e baixa autoestima, tornando a pessoa mais pessimista e menos resiliente diante de desafios.

Reclamações sistemáticas fazem parte do cotidiano moderno e são vistas como interações sociais inofensivas, como ao responder a um “tudo bem?” com um “vamos indo”. Contudo, especialistas alertam que esse padrão, quando crônico, pode prejudicar a saúde emocional, mental e até física, tanto do reclamante quanto de quem o escuta.

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O ato de lamentar é tido como um mecanismo de enfrentamento, onde se busca validar opiniões ou liberar tensões. No entanto, a repetição desse comportamento invade rotinas e pode gerar exaustão emocional, além de reforçar padrões negativos.

Impactos no dia a dia

Ao transformar pequenas insatisfações em um hábito, cria-se um ciclo que alimenta a negatividade. Romper esse padrão requer autopercepção e mudanças conscientes, como praticar gratidão e buscar formas saudáveis de expressar desconfortos.

Reclamar ocasionalmente é natural, mas quando o hábito se torna uma válvula constante de escape, é importante avaliar sua origem e buscar equilíbrio, promovendo interações mais positivas e construtivas.

Estudos de caso e depoimentos

Histórias reais mostram como mudar padrões de reclamação pode transformar vidas. Por exemplo, indivíduos que adotaram práticas como mindfulness e gratidão relatam melhorias significativas na qualidade de vida e na saúde emocional.

Uma prática comum é substituir pensamentos negativos por soluções, promovendo uma perspectiva positiva e reduzindo o estresse. Muitos afirmam que, ao se tornarem conscientes de seus padrões de queixa, passaram a redirecionar suas energias para ações produtivas e a valorizar mais os aspectos positivos do cotidiano​.

Estudos científicos e impacto na saúde mental

Alguns artigos, como o The Three Types of Complaining  e  Complaining Behavior in Social Interaction mostram que o hábito de reclamar pode impactar negativamente o cérebro, reforçando padrões de pensamento negativos devido à neuroplasticidade. Essa repetição pode contribuir para sintomas de ansiedade e depressão, além de prejudicar relacionamentos interpessoais.

Reclamar ocasionalmente é natural, mas quando o hábito se torna uma válvula constante de escape, é importante avaliar sua origem e buscar equilíbrio.
📷 Reclamar ocasionalmente é natural, mas quando o hábito se torna uma válvula constante de escape, é importante avaliar sua origem e buscar equilíbrio. |Reprodução

Contudo, exercer o hábito de fazer reclamações construtivas e a prática de gratidão tem efeito contrário, promovendo bem-estar emocional e fortalecendo conexões sociais​. 

Dicas Práticas

  • Exercício da gratidão: Liste diariamente três coisas pelas quais você é grato. Esse hábito fortalece conexões neurais positivas e melhora o humor.
  • Mindfulness: Desenvolva a consciência sobre seus pensamentos para identificar padrões de reclamação e redirecioná-los para soluções.
  • Expressão positiva: Substitua reclamações por comentários construtivos, buscando sempre um aprendizado na situação.
  • Ação ao invés de reclamação: Diante de problemas, identifique ações práticas que você pode tomar em vez de se queixar​

Essas práticas ajudam a interromper o ciclo de negatividade, promovendo resiliência e uma visão mais otimista da vida. Caso precise de apoio mais profundo, buscar ajuda profissional é sempre uma boa alternativa. 

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