O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras firmaram, na última quarta-feira (13), um protocolo de intenções para a criação do programa Restaura Amazônia, com foco na restauração ecológica, geração de empregos e preservação de biomas na Amazônia Legal. A parceria prevê um investimento de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, sendo metade advinda do Fundo Amazônia.
Anúncio e Parcerias Estratégicas
A assinatura ocorreu na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, com a presença de importantes lideranças como o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e outros representantes.
Com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o programa atuará em sete estados da Amazônia Legal, incluindo o "Arco do Desmatamento", buscando transformá-lo no "Arco da Restauração".
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Objetivos e Impactos Esperados
O Restaura Amazônia visa a recuperação de cerca de 15 mil hectares de vegetação nativa, contribuindo, desta forma, para a contenção do desmatamento e a conservação da biodiversidade em áreas estratégicas, tais como: terras indígenas, unidades de conservação e áreas de preservação permanente (APPs).
De acordo com Mercadante, a restauração florestal é “a forma mais eficiente e econômica de capturar carbono, beneficiando as comunidades locais com geração de emprego e renda”.
Além disso, o projeto deve atuar em uma área florestal de 6 milhões de hectares, com meta de retirar 1,65 bilhão de toneladas de CO₂ da atmosfera até 2030 e alcançar 24 milhões de hectares até 2050 – área superior ao estado de São Paulo.
Expansão para Cerrado e Pantanal
Complementando a atuação na Amazônia, o BNDES e a Petrobras anunciaram o edital Corredores de Biodiversidade, do programa Floresta Viva, que investirá R$ 58,6 milhões na restauração dos biomas Cerrado e Pantanal. Doze projetos foram selecionados, abrangendo uma área total de 2.744 hectares em estados como Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Os projetos atendem a regiões impactadas por incêndios e estiagens, promovendo a recuperação da biodiversidade e o fortalecimento da cadeia produtiva local.
Floresta Viva: Iniciativa Nacional para Restauração Ecológica
O programa Floresta Viva, lançado pelo BNDES em parceria com a Petrobras, investirá mais de R$ 500 milhões em projetos de restauração ecológica. Em um edital voltado para a recuperação de manguezais, as empresas selecionaram oito projetos distribuídos entre as regiões Norte e Sudeste do Brasil, com um investimento de R$ 47 milhões.
Somando os editais Corredores de Biodiversidade e Manguezais do Brasil, a parceria já destinou mais de R$ 100 milhões para a preservação de biomas essenciais. (Com informações de Agência BNDES)
Benefícios e oportunidades para a população local
O Restaura Amazônia visa também fortalecer economicamente as comunidades locais, gerando emprego e renda na região. Ao restaurar áreas degradadas, o programa cria oportunidades de trabalho para moradores em setores como produção de mudas, plantio e manutenção das áreas restauradas.
Além disso, as comunidades podem participar na implementação e monitoramento das ações de reflorestamento, fortalecendo a economia local e promovendo maior inclusão social e sustentabilidade.
Benefícios ecológicos e dados sobre a restauração ecológica
Além da recuperação de florestas, o Restaura Amazônia promete resultados significativos na captura de carbono. Estima-se que a restauração florestal no arco amazônico pode retirar até 1,65 bilhão de toneladas de CO₂ da atmosfera até 2030 e alcançar a meta de 24 milhões de hectares restaurados até 2050. Esses dados são fundamentais para ilustrar o impacto ambiental positivo e a importância do programa para o combate às mudanças climáticas.
Exemplos de projetos anteriores e resultados positivos
Experiências bem-sucedidas, como os projetos realizados no Cerrado e Pantanal, servem de inspiração para o Restaura Amazônia. No bioma Cerrado, o programa Corredores de Biodiversidade já viabilizou a restauração de milhares de hectares, fortalecendo a cadeia produtiva e gerando renda para populações locais.
Esses projetos demonstram como as ações integradas entre setores público e privado podem acelerar a recuperação de ecossistemas degradados, beneficiando a biodiversidade e as comunidades ao redor.