A Rússia lançou nesta segunda-feira (10) uma série de ataques aéreos contra cidades por toda a Ucrânia, incluindo áreas distantes das frentes de batalha, como a capital Kiev. Os ataques são os mais amplos desde o início do conflito, dois dias depois de uma explosão derrubar um trecho da ponte estratégica que liga a Península da Crimeia ao território continental russo.

Desde junho, a capital ucraniana não era alvo dos bombardeios que atingem o país em meio à guerra com a Rússia. Somente no primeiro bombardeio, ao menos oito pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas, segundo o conselheiro-chefe do Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, Rostislav Smirnov.

Desde junho, a capital ucraniana não era alvo dos bombardeios que atingem o país em meio à guerra com a Rússia
📷 Desde junho, a capital ucraniana não era alvo dos bombardeios que atingem o país em meio à guerra com a Rússia |Ed Ram/Getty Images

Ao menos 75 mísseis, segundo o Exército ucraniano, atingiram alvos em centros urbanos como Kiev, Lviv, Ternopil, e Zitomir, no oeste do país, Dnipro e Krementchuk, na região central, e Mikolaiv e Zaporizhia, no sul. A capital registrou ao menos quatro explosões, e ao menos cinco pessoas morreram.

Retaliação

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta segunda-feira que o bombardeio foi em retaliação a um ataque no sábado (8) que destruiu parcialmente a ponte do Estreito de Kerch, que liga o território russo à Península da Crimeia e é um importante ativo logístico de Moscou na guerra. Como fez no fim de semana, Putin referiu-se ao episódio da ponte como "ataque terrorista". 

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Premeditado 

Em vídeo gravado em Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia premeditou os ataques a fim de provocar “pânico e caos” entre os ucranianos. A investida teve como alvo a infraestrutura de energia do país.

“Eles querem pânico e caos, querem destruir nosso sistema de energia”, disse Zelensky. O mandatário ainda afirmou que os russos estão atacando porque “estão sem esperanças”.

Os ataques são os mais amplos desde o início do conflito Foto: Reprodução/Twitter/Zelensky

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