Uma brasileira que vive na Faixa de Gaza relatou que a região que habita pode ser bombardeada a qualquer momento. Shahed Al Banna, de 18 anos, está em Gaza há um ano e meio e tenta deixar o local para voltar ao Brasil.
Em vídeo, a jovem, que mora com a avó e a irmã mais nova, narra que a família se mudou para a casa de uma tia para se proteger dos ataques.
“Eles ligaram para a minha avó para dizer que a gente tem que esvaziar a casa porque eles vão atacar ou hoje ou amanhã, a gente não sabe. Faz quatro dias que a gente saiu de casa, mas mesmo assim eles ligaram para confirmar o ataque”, diz.
“Ligaram para o marido da minha tia agora à pouco dizendo que eles vão atacar uma casa bem do lado da casa dela, onde estamos agora. Tem aqui mais de vinte pessoas, a maioria são mulheres e crianças. Todos são inocentes, não tem culpa”, acrescentou.
Ela continua explicando que o grupo deve permanecer onde está e esperar o fim do bombardeio. “Não temos tempo suficiente para sair, porque temos medo de ser feridos. Então vamos ficar aqui até acabar o ataque”, comenta.
A brasileira Shahed, de 18 anos, me mandou mais um vídeo. Está com a avó e a irmãzinha em Gaza, à espera dos bombardeios israelenses. pic.twitter.com/jVkHLwka2g
— Diogo Bercito (@DiogoBercito) October 11, 2023
Em outro vídeo compartilhado pela jovem, ela aparece em frente às ruínas de um prédio. “Esse prédio aqui era um prédio de três andares. Eles atacaram esse prédio ontem. Isso é o que a gente está sofrendo aqui nesse país”, lamenta.
Vídeo que a brasileira Shahed, de 18 anos, me mandou de dentro de Gaza. Está à espera do resgate do governo brasileiro. Israel bombardeia a região. pic.twitter.com/xzK88rKZqD
— Diogo Bercito (@DiogoBercito) October 10, 2023
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Brasileiros estão entre reféns do Hamas
Segundo o porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus, brasileiros estão sendo mantidos reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza. Os militares informaram ainda que entre os reféns estão cidadãos de Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Argentina e Ucrânia.
Até o momento, Israel registra cerca de 1.200 mortes e mais de 2.700 feridos.