Kelsi Baldwin, 33 anos, recebeu o diagnóstico de útero didelfo, uma má-formação rara que resulta em duas estruturas uterinas. Após seis anos tentando engravidar sem sucesso, ela decidiu procurar ajuda médica e descobriu a condição que pode afetar a fertilidade e dificultar a gravidez.

Durante os exames, os médicos inicialmente identificaram o que parecia ser um tumor do tamanho de uma bola de basquete no útero de Kelsi, levantando a suspeita de câncer como causa de sua infertilidade. No entanto, testes mais detalhados revelaram que a massa não era um tumor, mas sim um segundo útero. Essa anomalia ocorre quando, durante o desenvolvimento embrionário, os dois ductos que normalmente se fundem não se unem, resultando em úteros separados.

“Foi um choque. No início, fiquei muito envergonhada e não queria contar a ninguém. Me sentia sozinha, porque não consegui encontrar muitas pessoas como eu e havia pouca informação na internet”, relata Kelsi.

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A condição, além de potencialmente afetar a fertilidade ao dificultar a fertilização e a implantação do embrião, também pode causar menstruações extremamente intensas. Kelsi enfrentou dois abortos espontâneos e passou por diversos tratamentos de fertilidade, como inseminação intrauterina (IIU), sem sucesso.

Atualmente, Kelsi e seu parceiro, Matt, estão tentando a fertilização in vitro (FIV), que permitirá a transferência do embrião diretamente para o útero maior, na esperança de uma implantação bem-sucedida. Além disso, Kelsi terá que realizar exames preventivos regularmente para monitorar a saúde de ambos os colos do útero e prevenir o câncer.

Kelsi e seu esposo, Matt, tentaram por anos engravidar, sem sucesso. A condição rara de Kelsi pode ter atrapalhado.
📷 Kelsi e seu esposo, Matt, tentaram por anos engravidar, sem sucesso. A condição rara de Kelsi pode ter atrapalhado. |Reprodução / Facebook

Após receber o diagnóstico no ano passado, Kelsi decidiu compartilhar sua história para ajudar outras mulheres enfrentando o mesmo desafio. “É importante para mim compartilhar minha experiência para que outras pessoas não se sintam tão sozinhas”, afirma em entrevista ao Daily Mail. “Quero que haja o máximo de recursos e informações disponíveis para quem foi diagnosticado com essa condição e está lutando contra ela ou enfrentando dificuldades para engravidar”, conclui.

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