O Pará manteve sua liderança econômica na Região Norte em 2022, respondendo por 41,1% do PIB regional, de acordo com as Contas Regionais do Brasil, divulgadas pela Fapespa em parceria com o IBGE. O desempenho foi marcado pelo crescimento do setor de serviços, enquanto a indústria extrativa sofreu uma retração significativa.

Destaques econômicos

O setor de serviços consolidou sua importância, contribuindo com 56,8% do Valor Adicionado da economia paraense, o que equivale a R$ 119,79 bilhões – uma variação nominal de 14,7% em relação a 2021. As atividades que se destacaram

  • Artes, cultura, esporte e recreação (+26,1%)
  • Alojamento e alimentação (+21,9%)
  • Serviços domésticos (+17,3%)

Já o setor industrial apresentou redução de participação, com destaque negativo para a indústria extrativa, que registrou uma queda de 46,5 bilhões no Valor Adicionado, reduzindo sua participação de 34,1% para 16,7%. A retração está associada à queda na produção de minério de ferro (-9,2%) e outros minerais, impactados por chuvas intensas e desafios de licenciamento.

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Setor agropecuário

A agropecuária apresentou estabilidade, com participação de 11,4%, mas registrou uma redução de R$ 245 milhões no Valor Adicionado. No entanto, a expansão de produtos como açaí (+14,9%), soja (+11,4%) e milho (+12%) demonstrou constância no setor. Na pecuária, o Pará consolidou o segundo maior rebanho bovino do país, com 24,7 milhões de cabeças.

O Pará consolidou-se como o estado que possui o segundo maior rebanho bovino do país, com 24,7 milhões de cabeças.
📷 O Pará consolidou-se como o estado que possui o segundo maior rebanho bovino do país, com 24,7 milhões de cabeças. |Foto: Reprodução / Agência Pará

Análise e perspectivas

O presidente da Fapespa, Marcel Botelho, destacou que, apesar da queda global nas commodities minerais, o Pará manteve estabilidade econômica com o fortalecimento de setores como administração pública e serviços. Segundo Atyliana Dias, diretora da Fapespa, os dados refletem o momento econômico do estado e auxiliam na formulação de políticas para crescimento sustentável.

O estudo reforça ainda a importância da diversificação econômica, como a valorização da bioeconomia, um dos focos estratégicos do governo estadual.

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