O SOME existe desde 1980 e tem a missão de respeitar e valorizar as comunidades ribeirinhas, caiçaras, quilombolas e indígenas, promovendo uma educação que dialoga diretamente com as realidades locais e atende às necessidades específicas de cada grupo.
Estudantes e professores do estado do Pará estão se mobilizando contra a substituição do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) pelo Centro de Mídias da Educação Paraense (CEMEP). O novo modelo, que adota o ensino a distância, prevê aulas transmitidas por televisão, com um tutor presente em sala apenas para acompanhar os alunos.
O SOME, por outro lado, oferece aulas presenciais organizadas em quatro módulos anuais com 50 dias letivos. Nesse sistema, professores especializados ministram aulas com metodologias variadas, promovendo projetos interdisciplinares e valorizando a diversidade territorial e cultural da região. Ele reconhece as especificidades dos povos do campo, das águas, das florestas e das comunidades da Amazônia.
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Uma reunião geral para debater essas questões acontecerá nesta quinta-feira, 21, às 17:30, via Google Meet, neste link.
Defensores do SOME argumentam que a substituição pelo CEMEP pode comprometer a qualidade da educação, especialmente em áreas rurais. Apesar da relevância da tecnologia na educação, estudos realizados durante e após a pandemia de COVID-19 demonstram que o ensino presencial tende a ser mais eficaz do que o ensino a distância, principalmente em contextos com dificuldades de infraestrutura e acesso à internet.
A mobilização expressa preocupações quanto aos possíveis impactos sociais e educacionais da implementação do novo modelo, que, embora tecnológico, pode não atender às demandas específicas da região amazônica.