O desaparecimento de um familiar ou amigo é um fenômeno bem mais complexo e doloroso do que a própria morte. Afinal, quando há pessoas desaparecidas, sempre existe a esperança de que voltem a qualquer momento. O luto pelo desaparecido é adiado todos os dias. 

A espera e todo processo de busca envolve uma série de sentimentos, entre estes: angústia; incerteza; medo; tristeza; esperança e ansiedade.  

Em Marabá, sudeste do estado, somente este ano 20 pessoas foram dadas como desaparecidas, de acordo com o Centro de Segurança Integrada (CSI) – Disque Denúncia Sudeste do Pará. 

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Entre os desaparecidos estão o cabeleireiro Fabrizio Lourenço dos Santos, de 30 anos, e a tatuadora Flávia Alves Bezerra, de 25. Ele desapareceu no último dia 5 de abril, enquanto que a tatuadora está sumida desde o último dia 15. 

“Meu coração está aflito, porque não tem notícia se está vivo, se está morto. Eu queria meu filho de qualquer jeito, mas principalmente vivo. Mas notícia nada, nada. Informação nada, nada. Aí estamos aqui, estamos aflitos, eu, a família e amigos. Estamos na expectativa de Deus. Ver o que Deus proverá na nossa vida”, disse a mãe de Fabrizio Lourenço, Dinalva Lopes dos Santos, ressaltando que quer encontrar o rapaz com vida e está aguardando qualquer notícia que possa ajudar a encontrá-lo. 

ATO DESAPARECIDOS 

Na próxima sexta-feira (26), às 17h, haverá o “Ato dos Desaparecidos: Onde está Fabrizio? Onde está Flávia? Onde estão os outros?”. A concentração será em frente à Câmara Municipal de Marabá, na rodovia Transamazônica, no Núcleo Cidade Nova. De lá, a caminhada segue até o Ministério Público Estadual, onde familiares, amigos cobram respostas.  

Parentes vivem angústia na busca por desaparecidos em Marabá
📷 |Reprodução

DESAPARECIMENTOS 

Fabrizio Lourenço dos Santos foi visto pela última vez na Velha Marabá, no último dia 5, dia do aniversário de Marabá. Ele antes de sumir deixou o celular, no salão de beleza dele, no bairro Liberdade, no Núcleo Cidade Nova. O telefone estava em cima de uma bíblia, aberto em um salmo.

Já no caso de Flávia Alves, ela saiu com uma prima, na noite do último dia 14, para um bar, no Núcleo Cidade Nova, onde encontrou alguns amigos. Deste estabelecimento, eles seguiram para outro bar, na Folha 26, às proximidades da Vila Militar, na Nova Marabá. Por volta 6h da manhã, do dia 15, a prima dela quis ir embora, mas Flávia quis ficar com um colega. Depois disso, ela não foi mais vista. 

Quem tiver informações que ajudem a polícia a elucidar os casos pode entrar em contato com o número: (94): 3312-3350, do Disque Denúncia do Sudeste do Pará. 

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