Uma forte tempestade deixou um rastro de devastações na área rural de São Félix do Xingu no sul do Pará. A tempestade, que convergiu para uma forte ventania, acabou deixando um rastro de tragédia, por ter resultado na morte de uma funcionária da fazenda.

O fato foi registrado na última quarta-feira (18), mas ganhou repercussão nesta sexta (20) e deixou um estrago maior na fazenda Juparanã, perto da Vila Xadá.

O fenômeno climático destruiu galpões, veículos e provocou a morte de Tamires Alves Sartoreli, uma funcionária da empresa. Pelo menos outros cinco trabalhadores ficaram feridos. O prefeito João Cleber (MDB) confirmou que a prefeitura está avaliando os estragos e prestou atendimento às vítimas e apoio para o sepultamento da moça.

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A Defesa Civil Municipal, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e outros órgãos da prefeitura foram mobilizados para os atendimentos e análises do caso. Estima-se que há um corredor de vento que favorece a formação desses fenômenos na área. Outra tempestade parecida já havia ocorrido em setembro de 2021.

Nas redes sociais, colegas de trabalho, amigos e familiares de Tamires lamentaram a morte trágica da moça. Ela havia saído do Mato Grosso para trabalhar na fazenda Juparanã e contava estar feliz com o novo trabalho. É o que se via também na Juparanã. Em respeito a todos os entes queridos dela, não haverá detalhes ou outras imagens do acidente que ela sofreu durante a ventania. Ela deixa uma filha e um companheiro.

Apesar da proximidade com a Vila Xadá, a Prefeitura de São Félix do Xingu não registrou estragos significativos da ventania nas áreas residenciais. A Defesa Civil Municipal segue apurando se houve outras áreas afetadas e busca informações meteorológica sobre a possibilidade de novos incidentes como a ventania desta semana.

Esse tipo de fenômeno é um resultado de mudanças climáticas, que têm na ação humana um fator decisivo para ocorrer. São Félix do Xingu está em situação de emergência devido à estiagem que já dura 3 meses — considerada pela prefeitura a pior dos últimos 45 anos — e levou à seca mais dramática dos rios Fresco e Xingu. 

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