Após quase dois anos de intensa espera e grande comoção social, o Tribunal do Júri de Marabá se prepara para sediar, nesta quinta-feira (4), o julgamento de Sara Nunes Ferreira, acusada pela morte de Ana Beatriz Machado, crime ocorrido em janeiro de 2024.

A sessão está marcada para as 8h, no Fórum Municipal, e promete mobilizar a atenção da comunidade e da imprensa regional, dada a ampla repercussão do caso na cidade e nas redes sociais.

A confirmação da data reacendeu a mobilização entre familiares, amigos e moradores. Desde o brutal assassinato, o processo tem sido acompanhado de perto pela população. Nas plataformas digitais, crescem as manifestações que clamam por justiça e reforçam a memória de Ana Beatriz.

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Para muitos marabaenses, o júri popular não é apenas um ato processual, mas o momento decisivo e tão aguardado para que a família da vítima obtenha uma resposta definitiva do Poder Judiciário.

Pressão Social e Provas: Especialistas jurídicos ouvidos pela nossa reportagem ressaltam que, apesar da forte pressão popular, a decisão final dos jurados deverá se basear estritamente nas provas técnicas reunidas no processo, nas circunstâncias do crime e na legislação. Contudo, a expectativa por uma condenação é intensificada pelo fato de a própria acusada ter confessado o envolvimento no homicídio.

A Cronologia do Crime

O homicídio que chocou Marabá ocorreu na madrugada de 7 de janeiro de 2024, em um bar localizado na Rua Fortunato Simplício Costa, no Bairro Novo Horizonte. Ana Beatriz Machado foi morta a facadas por Sara Nunes Ferreira.

Em seu depoimento à Polícia Civil, Sara alegou que trabalhava com a vítima e que a desavença teria se iniciado por conta de desentendimentos e "fofocas" no ambiente profissional. A situação teria escalado após Ana Beatriz supostamente enviar mensagens ao namorado da acusada.

Antes do fatídico encontro no bar, ambas já haviam discutido por meio do Instagram. No local, a discussão evoluiu para uma luta corporal. Sara Nunes, então, sacou uma faca, desferindo golpes fatais. Ana Beatriz sofreu múltiplas perfurações no tórax e abdômen.

A vítima chegou a ser socorrida por populares e encaminhada ao Hospital Municipal de Marabá (HMM), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no trajeto.

Prisão e Situação Atual da Acusada

Sara Nunes foi presa em flagrante e apresentada na 21ª Seccional Urbana, juntamente com a arma utilizada. Em 9 de janeiro de 2024, a juíza Renata Guerreiro Milhomem, da 1ª Vara Criminal de Marabá, negou o pedido de liberdade provisória da acusada, que desde então permanece custodiada no Centro de Triagem Feminino.

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