PSC e Remo foram derrotados na abertura do Campeonato Brasileiro. Na Série B, o Papão perdeu para o Santos, na Vila Belmiro. Na Série C, o Leão frustrou sua torcida ao cair dentro de casa para o Volta Redonda. Neste sábado, 27, ambos têm a missão de resgatar a confiança de suas torcidas. Os bicolores recebem o Botafogo-SP no Mangueirão, às 17h. Os remistas enfrentam o Athletic em São João Del Rey (MG), às 19h30.
São dois jogos com diferentes graus de dificuldades. Em Belém, com apoio da torcida, o PSC entra como favorito e tem grandes chances de conquistar sua primeira vitória. O resultado negativo diante do Santos não parece ter abalado a confiança dos torcedores. A atuação no 1º tempo deixou impressão positiva, apesar da tristeza com o resultado final.
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Sem grandes investimentos em reforços, o Botafogo genérico empatou em casa na estreia, confirmando a imagem de time montado para brigar no bloco intermediário. Reativo, com forte marcação e exploração do jogo aéreo, o Bota é uma síntese de quase todos os participantes da Série B.
Na equipe, pelo menos seis jogadores conhecidos do futebol paraense: Patrick Brey, Fabio Sanches, Victor Souza e Robinho, todos com passagem pelo PSC, além de Alex Sandro e Gustavo Bochecha, ex-azulinos.
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O Papão deve utilizar o meia Biel (foto) no lugar de Robinho, que saiu lesionado do jogo contra o Santos. Uma troca que pode tornar o time mais rápido na saída, embora sem a mesma qualidade de passe no meio. A grande dúvida é Nicolas, artilheiro e principal referência ofensiva, que não participou dos últimos treinos da equipe.
Já o Remo de Gustavo Morínigo tem um compromisso mais desafiador. Terá pela frente um adversário motivado pela excelente estreia – goleou o Caxias, fora de casa, por 4 a 0 – e com bom histórico na temporada. O Athletic tem gestão SAF, investe em jogadores bons e baratos. Roger é o técnico desde 2022.
O Leão sucumbiu às mudanças de última hora contra o Volta Redonda e deu as costas a um entrosamento que vinha sendo construído desde a chegada do novo técnico. As apresentações nos clássicos com o PSC revelaram um time ajustado e em evolução.
Tudo isso caiu por terra logo na estreia do Brasileiro. As circunstâncias do duelo com o Voltaço fizeram a torcida azulina voltar a conviver com o fantasma de 2023, quando o Remo perdeu as quatro primeiras partidas e teve que passar o campeonato em busca de recuperação. O confronto de hoje é uma chance de conquistar a confiança da torcida.
Pela recuperação, Leão pode entrar mais ofensivo
O técnico Gustavo Morínigo foi o principal alvo das críticas pela má estreia do Remo no Brasileiro. Foi dele a ideia bizarra de mexer nos três setores do time, lançando jogadores estreantes, além de jogar sem um centroavante de ofício. Com isso, desmontou o sistema utilizado até então.
É improvável que, depois da repercussão negativa, ele faça novas experiências na formação titular. Pelos treinos, ficou claro que o meio-de-campo deverá entrar com Jaderson, Pavani e Mateus Anjos (foto). Para compensar a vulnerabilidade, pode desenvolver um jogo de imposição técnica.
Para o ataque, é quase certa a escalação do trio Kelvin, Ribamar e Ronald, que deve como sempre exercer o papel de suporte na marcação quando o Remo não estiver no ataque.
Além das críticas da torcida, as cobranças da diretoria devem ter pesado na decisão de Morínigo. A essa altura, só uma vitória devolve o clima de otimismo que cercava o time para a disputa da Série C.
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro comanda a atração, a partir das 22h, na RBATV, com participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a participação paraense nas séries B, C e D. A edição é de Lourdes Cezar.
Rádio Clube 96 anos: presença viva no mundo
É fato que a história da Rádio Clube do Pará é uma das mais marcantes e bonitas da comunicação brasileira. Fundada por Edgar Proença há 96 anos, a emissora nasceu pioneira na Amazônia carente de uma imprensa que fosse além dos limites da capital Belém.
Os jornais impressos eram fortes à época, mas não tinham uma logística de distribuição que permitisse cumprir o papel de cobrir um Estado continental como o Pará.
Edgar Proença e a sua PRC-5 chegaram justamente para desempenhar o papel histórico de levar jornalismo e entretenimento a um Estado carente de notícias. Na minha infância em Baião, nos anos 60, não havia TV e os jornais chegavam apenas uma vez por semana.
Presença diária e contínua só mesmo a da Rádio Clube. Gerações se habituaram à familiaridade afetiva que o rádio impõe através das vozes de locutores, repórteres e comentaristas.
Aprendia-se a entender o mundo pelas vozes de Edyr Proença, Claudio Guimarães, Osmar Simões, Carlos Estácio, Bellard Pereira, Gandur Zaire Filho, Guilherme Jarbas, Edgar Augusto.
O mundo mudou, ficou mais acessível com a abrangência avassaladora da internet, mas o rádio permanece vivo, invencível e sempre mais forte. Exatamente como Edgar e seus intrépidos sócios acreditavam.
As evoluções do tempo fizeram com que a “voz que canta e fala para a planície” ficasse mais poderosa, passando a se comunicar com mais gente e chegando cada vez mais longe.
Vida longa à Rádio Clube!