Em situação normal, a perspectiva de enfrentar o lanterna da competição é sempre motivo de esperança. No caso do PSC, sem vencer há nove partidas, o confronto contra o Guarani não é suficiente para entusiasmar time e torcida. Há sempre o receio de um novo revés, depois de tantos resultados ruins dentro de casa.

Desta vez, há um fato novo a embalar as expectativas da torcida: a estreia de Márcio Fernandes no comando técnico. Contratado para substituir Hélio dos Anjos, ele conhece bem o ambiente da Curuzu e chega respaldado pelo bom trabalho inicial no Vila Nova-GO nesta Série B.

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Para a partida deste sábado, o Papão deve ter mudanças pontuais, a começar pelo retorno de alguns titulares, que estavam ausentes nas últimas rodadas e que repentinamente se recuperaram. Márcio deve contar com Kevyn, na lateral-esquerda, e o ídolo Nicolas no comando do ataque.

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Yony Gonzalez, Esli García e Paulinho Boia estão cotados para o setor esquerdo, assim como Edinho e Borasi são opções para a direita. No meio-de-campo, Val Soares pode ganhar a preferência do comandante para atuar ao lado de João Vieira e Leandro Vilela.

Pelos treinos da semana, Juan Cazares e Juninho correm por fora para compor o setor de criação. Robinho está lesionado.

Márcio tem dedicado os primeiros dias de trabalho a testar alternativas e a avaliar o potencial de atletas que não conhecia, como Joel, Jean Dias, Ruan Ribeiro e Biel. Na prática, jogadores que estavam alijados podem finalmente brigar por um lugar no time titular.

É um período de mudanças, quando todo o elenco passa a ser observado em igualdade de condições, até mesmo aqueles atletas que pareciam praticamente descartados. Biel, Val Soares e Edinho estão entre aqueles que não apareciam nem mesmo na lista de suplentes.

Com o novo treinador, todos passam a ter nova motivação, principalmente os homens de ataque, pois a prioridade é fazer o time voltar a vencer. A condição de recordistas em chances desperdiçadas (21) foi um fardo incômodo do PSC na era Hélio dos Anjos.

O time até criava situações de gol, mas falhava nas definições. Márcio Fernandes assume com a responsabilidade de romper esse ciclo. Ao mesmo tempo, o Papão tem que melhorar a artilharia – é o 2º pior ataque do returno, com apenas dois gols marcados.

Ganhar é a principal missão, mas o time também precisa cuidar da defesa, cujo retrospecto também é negativo: o PSC levou gols em oito das nove partidas recentes – só não sofreu gol no empate com o Mirassol.

A parte anímica também é outra preocupação. A crise técnica abalou o lado emocional do time, que recebeu 8 cartões vermelhos e 72 amarelos, ostentando a quinta colocação entre os times mais punidos.

LEÃO MANTÉM SISTEMA, APESAR DE BAIXA NA ZAGA

A ausência de Sávio no lado esquerdo da linha de zagueiros é o único problema do técnico Rodrigo Santana para o confronto de domingo à tarde com o Volta Redonda, no Mangueirão. Bruno Bispo, reserva imediato, é o mais cotado para entrar na equipe.

Para uma equipe que sofreu muitas modificações ao longo da fase de classificação, o Remo do quadrangular final tem se destacado pela repetição da equipe titular, fator que explica em parte a boa fase técnica.

O Remo de Rodrigo Santana chegou ao estágio de estabilidade que dá ao torcedor a tranquilidade para ter o time na ponta da língua. Raras são as mudanças e todas são motivadas por ausências forçadas, como contusões e suspensões.

A preparação para o jogo contra o Volta Redonda consiste mais em treinar alternativas para envolver a marcação, que se presume reforçada depois que o Remo atropelou o Londrina e sufocou o Botafogo no Mangueirão.

Em jogos recentes, o Volta Redonda foi um visitante de altos e baixos. Obteve vitórias convincentes e sofreu derrotas acachapantes. Perdeu de 5 a 1 para a Ferroviária e de 4 a 1 para o Confiança.

Diante do Botafogo, em João Pessoa, em jogo válido pelo quadrangular, o time se mostrou fechado ao extremo, mas muito forte nos contragolpes. Quase venceu utilizando essa estratégia.

É contra esse Voltaço de perfil oscilante que o Remo precisará ter objetividade e capacidade de definir as chances criadas. Como a meta é alcançar 12 pontos para garantir o acesso, será preciso vencer os compromissos em casa e garantir 2 pontos como visitante.

STJD MANDA REPETIR JOGOS SEMIFINAIS DA B2

Como um filme que parece se repetir sempre, as divisões de acesso ao Campeonato Paraense continuam a gerar batalhas de tapetão e contratempos para o calendário. O STJD julgou ontem o pedido dos clubes Gavião Kyikateje, Fonte Nova e Tiradentes, redefinindo a tabela das semifinais e final da Série B2.

Os reclamantes pediam a suspensão da homologação dos resultados das partidas disputadas, alegando que Pedreira e Tesla teriam atuado com atletas em situação irregular na competição.

Com a decisão do STJD, o Pedreira teve cassado o título de campeão, sendo punido com a perda de seis pontos – mesma pena aplicada ao Tesla. Ambos perderam as vagas nas semifinais da B2, sem possibilidade de recurso.

O julgamento terminou por beneficiar Tiradentes e Gavião Kyikateje, que ganharam o direito de jogar a semifinal da Série B2, brigando por uma vaga na final e na Série B1 do Parazão, a Segundinha, que está em plena disputa e terá partidas redefinidas pela FPF.

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