Nos dias 23 e 24 de outubro, o Pará sedia a primeira conferência sobre óleo de palma no Brasil – a PALMACON, principal evento brasileiro do segmento de palma.

O óleo de palma é um produto extraído do dendezeiro, uma palmeira originária da Costa Ocidental da África. Também conhecido como azeite de dendê, o produto é o óleo vegetal com maior produção mundial, sendo a Malásia e a Indonésia os principais produtores, responsáveis por cerca de 87% da produção no mundo. O Brasil produz aproximadamente 0,5% do azeite de dendê consumido mundialmente, sendo o estado do Pará o maior produtor nacional, detendo 85% da produção brasileira.

O evento ocorre no Hangar Centro de Convenções, em Belém, e conta com uma programação que incluiu conferências com temas que abrangem desde a agricultura e industrialização do óleo de palma até os temas como sustentabilidade, utilização e importância da palma como combustível renovável.

Uma das participantes do evento foi a Agropalma, principal empresa atuante no Pará como produtora de óleos e gorduras vegetal derivados do óleo de palma, e que opera garantindo um processo produtivo pautado em práticas sustentáveis.

Nesta quinta-feira (24), André Gasparini, diretor da Agropalma, foi um dos palestrantes e falou sobre perspectiva e potencial do mercado nacional da palma. Segundo André, a produção do óleo de palma ainda é uma cultura desconhecida no território nacional, havendo uma necessidade de apresentar a importância do produto para a sociedade, além de inovar na produção.

André Gasparini (Diretor Comercial da AGROPALMA).
📷 André Gasparini (Diretor Comercial da AGROPALMA). |(Foto: Irene Almeida/ Diário do Pará)

“O óleo de palma é o óleo mais versátil que existe no mundo. Você pode utilizar para alimentos, para cosméticos, para óleo químico e para o biodiesel, que tanto se fala”, explicou André.

Para Victor Almeida, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), realizadora do evento, o óleo de palma é o segundo óleo mais consumido no Brasil. Gera mais de 20 mil empregos no Pará, sendo 2 mil agricultores familiares que plantam a palma aqui no Estado.

Victor Almeida (Diretor Presidente da ABRAPALMA).
📷 Victor Almeida (Diretor Presidente da ABRAPALMA). |(Foto: Irene Almeida/ Diário do Pará)

“É um setor que traz uma geração de renda bem interessante porque fica no interior do Estado e os agricultores familiares conseguem obter uma renda de 8 a 10 mil reAis por mês com a palma”, disse Victor.

Além de ser o maior produtor de palma do Brasil, concentrando 85% da produção nacional, o Pará também é o estado com a maior disponibilidade de área para expansão. Em 2010, a Embrapa mapeou 7 milhões de hectares, sendo 2,5 milhões aqui no Pará, em áreas de pastagens degradadas e que seriam recuperadas com plantio da palma.

O evento encerra nesta quinta-feira (24), com o painel Inovação de ponta a ponta: do campo à indústria. Após o ciclo de palestras, haverá atividades culturais no salão de exposição.

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