O mundo do entretenimento, acostumado a celebrar personagens, histórias e performances memoráveis, também se vê obrigado, vez ou outra, a lidar com despedidas abruptas. Quando uma morte interrompe uma carreira ainda em curso, o silêncio que se impõe costuma ser acompanhado de perplexidade, lembranças e reflexões sobre a fragilidade por trás das figuras públicas que ganham vida nas telas.
O ator norte-americano James Ransone morreu na última sexta-feira (19), aos 46 anos, em Los Angeles, cidade onde vivia com a família. A informação foi apurada pelo site TMZ e confirmada por autoridades dos Estados Unidos. A causa da morte foi apontada como suicídio por enforcamento, segundo os registros oficiais.
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Ransone ficou amplamente conhecido por sua atuação como Ziggy Sobotka, na segunda temporada da série The Wire (2002), da HBO. O personagem, marcado por conflitos internos e escolhas trágicas, tornou-se um dos mais lembrados da produção e projetou o ator junto à crítica especializada e ao público.
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SUSPENSE E TERROR
Nascido em 2 de junho de 1979, em Baltimore, Maryland, James Finley Ransone III iniciou a carreira no início dos anos 2000, passando por filmes independentes antes de conquistar espaço em produções de maior alcance. No cinema, consolidou sua presença especialmente no gênero de suspense e terror, com papéis em A Entidade (2012) e A Entidade 2 (2015), além de interpretar a versão adulta de Eddie Kaspbrak em It – Capítulo 2 (2019), adaptação do clássico de Stephen King. Seu trabalho mais recente foi em O Telefone Preto 2 (2025), sequência que teve boa recepção nas bilheterias norte-americanas.
Na televisão, Ransone também integrou o elenco de séries como Generation Kill, no papel do fuzileiro naval Josh Ray Person, além de participações em Treme, Bosch e Poker Face, reforçando sua versatilidade como ator.
SUPERAÇÃO PESSOAL
Fora das telas, o artista enfrentou períodos difíceis. Na juventude, lutou contra a dependência de heroína, acumulou dívidas e falou abertamente sobre o processo de recuperação. Ele alcançou a sobriedade em 2007 e, ao longo dos anos, compartilhou sua trajetória de recomeço, tornando-se uma referência de resistência pessoal para fãs e colegas de profissão.
ATENÇÃO E APOIO
Se você está passando por um momento difícil ou conhece alguém que precise de ajuda, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito e sigiloso, 24 horas por dia, pelo telefone 188, além de chat e outros canais de atendimento. Procurar ajuda é um passo fundamental.
