O casal Camila Miranda e Lucas Freitas, ambos de 50 anos, residentes de um condomínio no bairro do Parque Verde, em Belém, são conhecidos na vizinhança como uma família que leva o Halloween muito a sério. Desde 2014, eles decoram sua casa em homenagem à data. A cada ano, as exibições se tornam mais grandiosas.

Camila revela que sempre teve uma paixão por decorar o lar. Essa tradição começou quando o casal ainda residia em São Paulo e se mudou para Belém, quando sua filha era bem pequena. Ao serem questionados pela filha sobre como celebrariam o Halloween na nova casa, perceberam a necessidade de manter esse costume. Com o passar dos anos, a tradição se manteve, e anualmente o casal enfeita todos os cantos da casa usando materiais recicláveis.

Eles comentam que, à noite, as crianças ficam fascinadas com os efeitos sonoros e os personagens típicos de um filme de terror que estão à vista na fachada. “Começamos decorando aos poucos e a cada ano foi aumentando”, diz Camila, que confecciona moldes de gesso de mãos e pés, de bebês, crianças e adultos. Manequins, esqueletos, teias, abóboras, luzes de led, são outros itens que completam a decoração. “Nosso foco são os moldes de gesso das mãos e pés, que simbolizam a união familiar. Porém, durante o Halloween, diminuímos a produção desses artesanatos e nos dedicamos, pelo menos, por quatro semanas à criação desse material”, explica.

A artesã revela que 70% dos materiais empregados na decoração são recicláveis. “Já possuía alguns itens de outros halloweens, mas sempre adquirimos novas coisas e também utilizamos, resultando em um gasto muito baixo com esses detalhes”, diz. “Fazemos um giro em busca de materiais recicláveis para enriquecer nossa decoração. Aproveitamos que conhecemos alguns pontos de coleta e, assim, vamos lá e recolhemos os itens. Os materiais que mais costumamos encontrar e utilizar na decoração incluem esponjas, papel, garrafas PET, manequins danificados e bonecas antigas. Essa é uma maneira de dar uma nova vida a esses objetos que estavam abandonados e sem uso”, complementa.

Lucas é servidor público e apoia as ideias da esposa. Ele é responsável por criar os bonecos de bruxas, as figuras de filmes de terror e os fantasmas. Anualmente, um novo elemento é adicionado à decoração de Halloween. Neste ano, o casal decidiu inovar, organizando um “jantar do horror” para celebrar uma década em que decoram a casa. “As ideias vão surgindo, a gente examina e vai fazendo as coisas aos poucos”, conta Lucas. Ele lembra que os gastos com a decoração são mínimos. “Para mim, o maior retorno é ver a alegria estampada no rosto das crianças, principalmente. Além disso, eu realmente gosto, é uma espécie de terapia, e me sinto feliz ao criar”, disse Lucas. “O grande retorno que eu penso é a alegria de entrar no seu lar e poder entrar em um ambiente que você gosta e olhar de fora e as pessoas virem aqui e se sentir bem”, completou.

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Camila comenta que, na data da festa do condomínio, muitas crianças fantasiadas chegam em sua residência. “Neste dia, realizamos brincadeiras como quebra-pote e distribuímos pacotes de bombons para a garotada, só aqui em casa. A agitação começa por volta das 16 horas, é uma verdadeira loucura! É impressionante ver todos os pequenos fantasiados. Realmente são muitos. Eles circulam pelo condomínio até aproximadamente meia-noite”, finaliza

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