A lei de importunação sexual completou três anos e, neste intervalo de tempo, cerca de três mil casos foram registrados no Brasil. Os números porém ainda não representam o total da realidade, uma vez que há muitas situações que não são denunciadas às autoridades. Ser mulher não é fácil, pois elas enfrentam uma luta diária contra o machismo e para conseguir ocupar o seu devido lugar na sociedade.

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O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022 mostrou que 66.020 casos de estupros foram registrados no país, no ano passado. Este índice é 4,2% maior que em 2020. Vale ressaltar que estupro nem sempre configura o ato carnal não consentido. Tocar nas partes íntimas da vítima também configura este crime.

Recentemente a vocalista do grupo Bonde do Forró, Juliana Bonde, usou as redes sociais para denunciar os constantes assédios sexuais que ela e as bailarinas da banda sofrem. O estopim que culminou na postagem foi o caso de um segurança que teria se encostado nas partes íntimas da artista que ainda não deu certeza se levará o caso à Polícia - o que deveria já ter sido feito.

"Oi, gente! Eu só vou falar uma coisa, porque eu já tô 'por aqui'. Quem me acompanha sabe que poucas vezes eu entro aqui para falar uma coisa ruim, mas eu não vou mais tolerar segurança abusado que fica se aproveitando pra ficar 'sarrando' e encostando as partes nos outros", iniciou a vocalista do Bonde do Forró.

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Visivelmente abalada com a situação, Juliana Bonde contou que geralmente, os seguranças ficam se aproveitando para encostar nela e nas outras dançarinas do Bonde do Forró. Confira a postagem:

"A gente nunca fala nada porque quer manter o ambiente alegre e de festa, porque estamos aí para fazer festa. Mas não vou mais tolerar essa situação horrível e nojenta. Isso é super comum, só estou falando isso porque no nosso último show teve um segurança super abusado. Estava todo mundo atrás da grade e só o cara dentro da grade se aproveitando na hora que a gente passava pra trocar de roupa. Ele ficava se passando e encostando as partes na gente" continuou Juliana Caetano, nome verdadeiro da cantora.

A musa disse que, nesse caso específico, alguém de sua equipe pediu para o segurança se afastar, mas ele teve uma reação agressiva: "Inclusive, teve uma pessoa da nossa equipe que pediu pra ele sair da grade e o segurança quis agredir a pessoa. [...] A gente não é obrigada a aceitar. Então quem ficar espionando no camarim, vai levar spray de pimenta nos olhos. Quem ficar encostando as partes na gente, também vai levar. É pro segurança proteger a gente e ele vem se aproveitar", lamentou a famosa.

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