A Amazônia abrange é uma região marcada por uma cultura inconfundível, que incluir a diversidade de cheiros, sabores e texturas de uma gastronomia que não dá pra confundir. Alguns elementos dessa diversidade são encontrados só neste lugar do Brasil, que abrange os Estados do Norte, mas também parte do Maranhão e do Tocantins. Esse tempero todo é característica de biodiversidade imensa com muito ainda a ser estudado e conhecido.
Porém, essa disputa por narrativas e propriedades entre os estados amazônicos, às vezes, não é amistosa e pode gerar polêmicas, com direito a acusações, teses e muitos memes, caso o palco seja a Internet. Foi o que aconteceu depois de uma situação em um programa de tevê acerca de um fruto muito conhecido entre paraenses e amazonenses, os grandes protagonistas da polêmica.
Uma declaração feita pelo ator amazonense Adanilo durante o programa “É de Casa”, da TV Globo, neste sábado (4), deu início a uma grande polêmica nas redes sociais envolvendo a ex-BBB Alane Dias. Durante a atração, Adanilo chamou uma castanha nativa da região amazônica de “Castanha-da-Amazônia”, o que não agradou Alane, que rebateu defendendo o uso do termo “Castanha-do-Pará”.
A declaração foi feita enquanto o ator, natural de Manaus, preparava um café da manhã típico da capital amazonense. “A caboquinha é uma combinação de goma de tapioca misturada com castanha, a castanha-da-Amazônia para dar aquele toque especial”, disse Adanilo. No mesmo instante, a apresentadora Talitha Morete, o corrigiu dizendo que chamam o fruto de "Castanha-do-Pará" no que o ator continuou: "É do Pará também, da Amazônia, do Brasil, chamam de um monte de nome."
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A fala rapidamente viralizou e desencadeou discussões online, principalmente no X (antigo Twitter).
Alane Dias, que participou da 24ª edição do Big Brother Brasil e é paraense, reagiu com um vídeo no TikTok. Na gravação, a dançarina afirma: “É ‘castanha-do-Pará’. Estou falando o óbvio, porque às vezes o óbvio precisa ser dito. Não é ‘castanha-do-Brasil’, não ‘castanha-da-Amazônia’, é muito simples: P – A – R – Á”, declarou, em tom irônico.
Nas redes sociais, a discussão ganhou proporções maiores, com defensores de ambos os lados. Alguns internautas argumentaram que o termo “Castanha-do-Brasil” também é amplamente aceito e utilizado em exportações, sendo conhecido mundialmente como “Brazilian Nut”. Um usuário chegou a enfatizar: “A propósito, o maior produtor de castanha do Brasil é o Amazonas”, sugerindo que o termo “Castanha-da-Amazônia” também seria válido.
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Já outros internautas lembraram de uma suposta "Rixa" que existe entre paraenses e amazonenses: "Tudo isso pra não falar Pará? Eu hein", questionou um seguidor. "É despeito, é xenofobia, é amargura pela cidade deles não ser relevante", disse outro. "Engraçado como o Brasil inteiro chama de castanha-do-Pará sem complicar, mas o amazonense faz questão de corrigir, chamando de “castanha-do-Brasil” ou inventando alguma outra nomenclatura que ninguém leva a sério.", destacou um terceiro.
O nome “Castanha-do-Pará” remonta às primeiras exportações da semente para outros estados brasileiros, ocorridas há cerca de cinco décadas. Com o aumento do comércio internacional, o produto passou a ser chamado de “Castanha-do-Brasil”. Contudo, nos últimos anos, a expressão “Castanha-da-Amazônia” tem ganhado força, refletindo o cultivo da castanheira em outros estados amazônicos, como Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Amapá.