O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu trocar as prisões preventivas para medidas cautelares de mais quatro torcedores do Peñarol que estavam detidos desde o dia 23 de outubro por conta dos atos cometidos na praia do Recreio, na Zona Oeste (RJ), horas antes do jogo contra o Botafogo, pelas semifinais da Libertadores.

Os uruguaios ganharão a liberdade, mas não poderão sair do Brasil até o julgamento. Além disso, precisarão usar tornozeleiras eletrônicas e comparecer ao Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos de dois em dois meses para comprovar residência e atividades.

Outros dez torcedores do Peñarol já haviam recebido a mesma sentença na semana anterior. Já o menor de idade — que estava detido no Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas) — terá que cumprir medidas socioeducativas no Uruguai.

Os seis que ainda seguem presos estão no Complexo de Gericinó, em Bangu. Na semana passada, o ex-presidente do Peñarol Jorge Barrera, que é advogado, os visitou na cadeia para passar orientações jurídicas.

RECREIO VIRA PRAÇA DE GUERRA

Torcedores do Peñarol transformaram a orla do Recreio em uma verdadeira praça de guerra no dia 23 de outubro. Presentes no Rio de Janeiro para a partida contra o Botafogo, pelas semifinais da Libertadores, os uruguaios saquearam quiosques, uma padaria, atearam fogo em motos, depredaram carros e entraram em confronto com banhistas e policiais militares munidos de pedras, mesas, cadeiras e até um revólver.

Um dos ônibus dos uruguaios também ficou em chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o fogo.

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Ao todo, 283 pessoas foram detidas após a chegada do Batalhão de Choque. Em audiência de custódia, a Justiça converteu para preventiva a prisão de 21 uruguaios.

Os torcedores do Peñarol foram autuados por diversos crimes: porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio, dano qualificado e resistência à prisão. Além disso, responderão também por artigos do Estatuto do Torcedor.

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