A Polícia Civil realizou neste domingo (7) a Operação Cartão Vermelho, voltada a identificar os responsáveis por mensagens de ameaça enviadas a um dirigente do Internacional. A ação incluiu cinco ordens judiciais em Porto Alegre, entre elas três mandados de busca e apreensão. A investigação apura os crimes de ameaça e injúria.
Segundo a Delegacia de Investigações Cibernéticas Especiais, as mensagens começaram em 28 de novembro, após a derrota por 5 a 1 para o Vasco, no Rio de Janeiro. Após o jogo contra o São Paulo, no qual o clube perdeu por 3 a 0, o dirigente voltou a receber ataques pelo WhatsApp. As mensagens continham xingamentos e ameaças físicas.
A investigação apontou que o telefone pessoal do dirigente foi divulgado de forma irregular, o que ampliou o número de ofensores ligados a uma torcida organizada do clube. O Internacional informou que não irá se manifestar sobre o caso.
Suspeitos identificados
Dois homens foram identificados como suspeitos. Ambos têm registros policiais. Um deles possui antecedentes por ameaça, dano, lesão corporal e posse de entorpecentes, além de ter deixado o sistema prisional recentemente. O outro foi envolvido em ocorrências de violência doméstica e agressões.
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Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu um revólver, munições e entorpecentes em um dos endereços. O investigado não estava no local.
A Justiça determinou que ambos estão proibidos de frequentar partidas do Internacional por seis meses, em qualquer estádio. O clube recebeu a ordem para aplicar o bloqueio de acesso.
O descumprimento da medida pode resultar em prisão preventiva. A Polícia Civil também deve incluir no inquérito a apuração sobre tráfico de drogas e posse irregular de arma encontrados durante a operação.
A direção do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos afirmou que a atuação policial é necessária para coibir abusos cometidos em ambientes digitais.
