Grandes decisões costumam dispensar improvisos. Quando as duas melhores campanhas de um torneio se encontram, o que está em jogo não é apenas um troféu, mas a consolidação de um projeto esportivo e a afirmação de uma hegemonia construída ponto a ponto. Foi nesse clima de excelência e expectativa máxima que Belém recebeu a final do Mundial de Clubes de Vôlei Masculino.
Na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, o Perugia, da Itália, confirmou o status de favorito e venceu o Osaka, do Japão, em pouco mais de 1h30 de partida. Com domínio nos três sets, a equipe italiana fechou o jogo e conquistou o tricampeonato do Mundial de Clubes, mantendo 100% de aproveitamento na competição.
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O destaque individual da final foi, mais uma vez, o oposto Ben Tara. Assim como na semifinal, ele liderou o Perugia em quadra e terminou como o maior pontuador do jogo, com 16 pontos, sendo decisivo nos momentos de maior equilíbrio da partida.
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COMO FOI O JOGO
O duelo começou equilibrado, como indicava a campanha das duas equipes no Grupo B. Nos pontos iniciais, Perugia e Osaka alternaram a liderança do placar, mas logo os italianos impuseram um ritmo mais consistente. Com Ben Tara chamando a responsabilidade, o Perugia fechou o primeiro set em 25 a 20, aproveitando erros do adversário.
No segundo set, o roteiro se repetiu. O time italiano manteve o controle das ações, abriu vantagem desde o início e administrou bem o placar até fechar em 25 a 21, mostrando maturidade e solidez defensiva.
A terceira parcial trouxe mais emoção. O Osaka cresceu ofensivamente, passou a forçar o saque e chegou a liderar o placar, tendo três oportunidades de fechar o set. No entanto, a experiência do Perugia falou mais alto. Um erro de saque dos japoneses recolocou os italianos no jogo, que selaram a vitória em 29 a 27, com um leve desvio de Giannelli na rede.
CAMPANHA PERFEITA
A campanha do Perugia no Mundial foi irretocável. Líder do Grupo B, a equipe italiana perdeu apenas dois sets em toda a competição. Na estreia, venceu o Swehly por 3 a 0, depois superou o próprio Osaka por 3 a 2 e encerrou a fase de grupos com outra vitória por 3 a 0 sobre o Sada Cruzeiro, antes de confirmar o título em Belém.
Com mais um troféu mundial, o Perugia deixa o Mangueirinho reafirmando sua força no cenário internacional e reforçando a impressão de que, quando chega às decisões, costuma transformar favoritismo em título.