Nas duas últimas semanas o Paysandu padeceu de uma maratona de jogos, com poucos dias entre um e outro. O resultado disso foi uma quantidade maior de jogadores desgastados fisicamente, algumas lesões, formações alternativas e improvisações, além de atuações com menos intensidade do que as observadas no começo da temporada. Hoje essa corrida de partidas termina com o confronto contra o Independente, às 16 horas, no estádio Navegantão, em Tucuruí. Depois, o Papão terá uma semana cheia até o clássico contra a Tuna Luso, no outro final de semana.

“Não temos tempo para trabalhar. É um jogo em cima do outro”, lamentou o técnico Márcio Fernandes após o empate sem gols contra o Princesa do Solimões-AM, pela Copa Verde. A partir do fim do jogo de logo mais, ele terá o tempo que tanto tempo não vê, inclusive para ter de volta quem está no “estaleiro”. Em teoria, de quarta para domingo até daria tempo para descansar e treinar um pouco mais, mas nesse intervalo os bicolores vieram de Manacapuru (AM) para Belém e depois deixaram a capital paraense para Tucuruí.

DM

Estão no departamento médico do clube o lateral-direito Samuel Santos e o lateral-esquerdo Eltinho (ambos com lesões musculares); o zagueiro Naylhor (estiramento ligamentar do joelho); além dos atacantes Alex Matos (lesão muscular na coxa) e Stéfano Pinho (lesão de tendão posterior da coxa). Isso sem falar nas saídas dos laterais Igor Bosel e Juan Tavares, dispensados no início da semana. Destes, apenas Alex Matos já iniciou o trabalho de transição para os treinos com bola. Nesse cenário ao menos uma boa notícia: Genilson, recuperado de cirurgia no nariz, foi liberado e relacionado para o jogo, mas só pode atuar com máscara protetora e deve figurar no banco de reservas.

LATERAL

O problema maior é na lateral-direita, sem Igor Bosel (dispensado) e Samuel Santos (lesionado). O meia João Vieira já atuou improvisado na posição no meio de semana e deve repetir a dose para logo mais. Com isso, o time perde seu melhor homem de meio de campo dos últimos jogos.

O goleiro Thiago Coelho comentou sobre essas improvisações, defendendo os colegas que tiveram que se superar em posições que não são as suas de origem. “Tivemos que nos virar com essa adaptação. Quem entrou procurou ajudar e deu o seu melhor em campo”, disse. “Claro que a gente sente o entrosamento, mas o calendário que temos é esse e precisamos dar o nosso melhor em cada jogo. O importante é que cada um também está tendo oportunidade para mostrar o seu valor para o Márcio Fernandes”, completou o camisa um do Papão.

Time bicolor precisa de peças de reposição

Após o jogo de hoje, quando do retorno da delegação do Paysandu a Belém, o elenco deve ter pelo menos um dia de folga para voltar ao batente. Para a comissão técnica, um trabalho deve continuar forte, sem trégua: a busca por reforços. Com a perda de dois laterais – Igor Bosel e Juan Tavares – e a lesão dos outros dois contratados, Eltinho e Samuel Santos, o clube bicolor voltou com carga máxima ao mercado em busca de substitutos. Isso sem contar da necessidade de um substituto ao goleiro Victor Souza, que pediu para deixar o clube.

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“Estamos sempre atentos ao mercado. Com as saídas do Juan e do Igor abriam-se lacunas para trazer jogadores para a posição. Estamos tendo dificuldades com lesões. Estamos com toda a defesa que começou em tratamento. Temos que ter paciência e preparar bem, quem for entrar”, comentou Márcio Fernandes, após o jogo do meio de semana pela Copa Verde.

Esse acerto não vem sendo uma missão fácil. As dificuldades são tantas que o clube quase trouxe de volta um jogador que não teve o contrato renovado ano passado, o lateral-direito Igor Carvalho. O jogador de 31 anos só não voltou a Curuzu porque um dia antes havia assinado com o Floresta-CE. Biel Potiguar, lateral do Avenida-RS, também foi sondado, mas por enquanto manteve-se no clube gaúcho.

Além das posições mais carentes, o Paysandu mantém as conversas com o atacante Vinícius Leite. Atualmente no Vila Nova-GO, o jogador de 29 anos ouve a proposta do bicolor, mas espera por uma definição do Tigre, que vai mal das pernas no estadual e deve fazer uma limpa no elenco antes da disputa da Série B.

Independente quer primeira vitória no Paraense

Nono colocado da primeira fase do Campeonato Paraense, com quatro pontos, o Independente não sabe ainda o que é vencer em 2023. Depois da derrota na estreia do Parazão para o Clube do Remo, o Galo Elétrico emendou quatro empates seguidos. De lá para cá trocou o técnico Léo Goiano por Sinomar Naves e, hoje, deve ter a estreia dos reforços recém contratados. Dentre as caras novas, uma bastante conhecida da torcida bicolor: Rafael Oliveira. O atacante revelado na base do Papão, tem como grande desafio voltar ao futebol depois de dois anos de hiato, aos 35 anos.

Rafael jogou pela última vez em 2021, quando defendia o Botafogo-PB. Por isso nesse retorno aos gramados ele ficou um mês apenas treinando para se recondicionar fisicamente. Além dele, a diretoria do Galo Elétrico também contratou o volante Warian Santos, o “Ameixa”, revelado pela base do Clube do Remo e que estava no Mixto-MT; o meia Lucas Lopeu, também vindo do Mixto-MT; e o atacante Bruno Nascimento, com passagem recente pelo Foz do Iguaçu-PR.

Márcio vem tendo problemas para escalar a equipe Foto: (Foto: John Wesley/Paysandu)

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