Cria e promessa do São Paulo, o atacante Paulinho Bóia coleciona polêmicas extracampo ao longo da carreira, já tendo atuado por Juventude, Atlético-MG, América-MG, Mirassol e no Japão.

Agora, no Paysandu, o jogador chega cercado de expectativas aos 25 anos e tem o voto de confiança da comissão técnica do clube, que tratou de dar um choque de realidade no jogador antes do acerto.

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"Antes de o Paulinho ser contratado, eu coloquei o Guilherme para conversar com ele. Foi mostrado o que nós somos e o tempo perdido que ele já teve. Depois, o Paulinho falou comigo e disse: 'Professor, sei que o senhor é duro e sério. E eu estou precisando disso'. Depois, veio dizer que eu podia ter certeza, mas eu disse para ele não me prometer nada e o que eu queria dele era profissionalismo. Já está orientado", disse Hélio dos Anjos.

📷 |Kaio Rodrigues

Com tanta polêmica, o futebol do atacante acaba ficando em segundo plano quando ele se torna assunto. Mas, no Paysandu, ao que tudo indica, ele terá o apoio de que precisa para desenvolver o jogo individual e coletivo.

"Ninguém fala do Paulinho Bóia sobre o futebol dele. É só qualidade. Eu vi meio treino e é aquilo que eu penso. Mas todo mundo fala do extracampo. Quem tem que resolver o problema é ele, não sou eu. Robinho e Michel já foram falar com ele, assim que chegou. E ele já sabe que aqui não tem duas conversas. Não estou preocupado com a indisciplina que ele já teve. O ser humano tem que ter oportunidade. Eu falei: 'Filho, acabou! O que escutei está lá atrás, a partir de hoje é o que vale'. Vida que segue", ressaltou.

📷 Com Guilherme e Hélio dos Anjos não tem 'apadrinhação' |Jorge Luís Totti/Paysandu

No Papão, Paulinho Bóia terá a concorrência de Esli Garcia, Vinícius Leite, Edinho, Ruan Ribeiro, Jean Dias e Gabriel Santos, os quais são os jogadores que atuam pelos lados do campo. Para Hélio, basta ter disciplina para vingar.

"Agora, ele vai ajudar. Tecnicamente é acima da média. É jogador de mobilidade, de agressividade, ambidestro, jogador leve. Ele vai ter 20 dias para se preparar e estar à disposição, que será no dia 10 de julho. O ambiente que se cria e o processo que nós temos não cabe indisciplina. Eu não tolero isso. Sou o treinador mais filho da p#ta com indisciplina. Futebol é sério, tem que ter normas, processos, comportamento. Jogador que não tem isso, não aguenta", finalizou Hélio.