Enquanto os jogadores aproveitam o período de férias ao lado das famílias, alguns já com o futuro definido e outros ainda avaliando os próximos passos na carreira, os bastidores do Paysandu seguem movimentados.
O clube trabalha intensamente para garantir a permanência de atletas considerados fundamentais no elenco, ao mesmo tempo, em que monitora o mercado em busca de reforços que possam fortalecer a equipe em 2025.
Conteúdo Relacionado:
- Conversas não evoluem e Nicolas não deve ir para o Vila Nova
- Traços da depressão: saúde mental abalou o Paysandu em 2024
Considerados nomes de peso dentro da Curuzu, os atacantes Nicolas e Esli Garcia possuem futuros incertos no clube, que trabalha para encontrar as melhores soluções e agradar ambos os lados.
"O Nicolas tem contrato até a próxima temporada. Ele começou 2024 muito bem, sendo artilheiro do estadual e da Copa Verde, mas termina o ano não performando bem. Já o Esli tinha contrato de um ano. Não começou o ano bem, porém termina de forma fantástica, com 10 gols, sendo decisivo em jogos cruciais para nós. Então, são realidades diferentes. Quando falamos de gestão, é isso. Temos que gerir casos completamente opostos", destacou o executivo de futebol Felipe Albuquerque, em entrevista ao jornalista Ronaldo Santos, da RS Live Sports.
Nicolas tem vínculo com o Paysandu até o fim de 2025, mas o baixo desempenho na Série B abriu a possibilidade do Papão liberar o atacante para outro clube. Apesar disso, os bicolores querem recuperar o atleta.
"No caso do Nicolas, ele tem contrato com o Paysandu. Tratamos todos os atletas que têm contrato com muita responsabilidade. Independente de se fui eu que firmei ou não, o compromisso é do Paysandu e nós vamos honrar todos esses compromissos. É um atleta que precisamos resgatar, conversar. Falei com ele sobre o resgate da confiança, que ele vai se recuperar. Ele perdeu parte da confiança em campo, o qual é o melhor lugar para ele resgatar isso. É um atleta que tem muitos jogos com a camisa do Paysandu. Já trouxe muitas alegrias para o torcedor. Tenho certeza de que ele, permanecendo, vai trabalhar com muito afinco para a próxima temporada, para dar alegria para esses torcedores que tantas vezes já o aplaudiram", ressaltou Felipe.
Já o caso do xodó da Fiel Bicolor é mais complicado. Livre no mercado, Esli mostrou bastante chateação com o Paysandu na época de Hélio dos Anjos, inclusive sendo avaliado pelo técnico como um "jogador de lances isolados".
Inclusive, já com Márcio Fernandes, seguiu sem ser titular absoluto, mesmo resolvendo os jogos para o Paysandu e ajudando o clube a garantir a permanência na Série B.
"Sobre o caso do Esli é algo diferente. É um atleta que ficou livre (no mercado) e que tem a possibilidade de escolher, dentro das possibilidades do mercado, o clube que lhe convém. Ele já deixou claro que tem um desejo de jogar na seleção nacional (Venezuela) e, quanto maior a projeção, maior será a equipe que poderá jogar. Ele busca o melhor para a carreira e nós compreendemos. Esperamos que ele opte pelo Paysandu, que foi o clube que abriu as portas para ele e também pelo quanto essa torcida o ama. Espero que ele analise isso com carinho e retorne a Belém", explicou Albuquerque.
"Existe (a possibilidade dele ficar). É uma tomada de decisão que depende dele. O clube faz a proposta, envia a ele uma opção de salário, de produtividade, o pagamento de uma luva. Coisas negociáveis. Melhorar algo aqui, ajustar outra ali, então, a partir do momento que existe o interesse do clube e houver a contrapartida de interesse dele, o negócio pode acontecer. Então, acredito que exista a possibilidade porque em momento algum ele verbalizou que não queria mais", ressaltou.
Com 10 gols na Segundona e destaque do Paysandu, Esli ganhou holofotes no cenário do futebol brasileiro e deve receber propostas de clubes da Série B e também da Série A.
"O que ele está fazendo, sabiamente, que é o que eu e você (Ronaldo) faríamos. Estamos chegando ao final do ano, você tem duas ou três rádios, duas televisões te ligando pelo bom trabalho que está fazendo, o que você vai fazer? Ouvir todo mundo, voltar para casa, conversar com a família, com a esposa. Mostrar que 'esse é bacana, mas terei menos tempo. Nesse é legal, vou ganhar um salário maior e desenvolver o que eu acredito', então, há uma série de fatores que acredito que é o que ele levou para casa e está avaliando", finalizou.