O meia Juninho, de 25 anos, é o único jogador paraense titular na equipe do Paysandu, que vem disputando a Série B do Brasileiro. Dentro desse quadro, o jogador, que surgiu na Desportiva Paraense, passando, depois, pela Tuna Luso até chegar à Curuzu, se sente como uma espécie de desbravador para o futuro aproveitamento de valores locais na equipe bicolor. “Antes de vir para cá já havia colocado na minha cabeça que iria representar vários jogadores paraenses e que precisava dar o meu melhor”, afirmou, ontem, na Curuzu, o meio-campista,, seguindo em seu depoimento sobre o tema.
“Sei que se eu fizer um bom campeonato, uma boa temporada aqui, vou abrir a porta para muitos outros atletas locais porque o nosso Pará tem muito bons jogadores”, previu. O apoiador admitiu que por ser um atleta local, recebe uma carga maior de cobrança em relação aos companheiros vindos de outros centros. “As pessoas criam muita expectativa por eu ser paraense. Tento levar isso com naturalidade. Sei que é um processo, que estou evoluindo, estou crescendo”, disse.
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Embora siga sendo prestigiado pelo técnico Hélio dos Anjos, o meia não tem conseguido manter o mesmo ritmo de jogo nas partidas do Papão, tendo sido, inclusive, substituído na maioria das mais recentes. O jogador confia ser a oscilação algo natural na carreira de qualquer jogador. “É normal sempre dar uma caída em um e outro jogo, mas a gente tenta se esforçar ao máximo para estar bem, contudo nem sempre a gente consegue manter o nível bem alto. É uma coisa natural que acontece, acredito, com todos os jogadores que passaram por aqui e comigo não está sendo diferente”, justificou.
Sobre a B do Brasileiro, Juninho avalia como uma “competição diferente”, que apresenta, segundo o meio-campista, um alto grau de paridade entre as 20 equipes participantes. “É um campeonato bem disputado. A gente vê que cada jogo é de igual para igual. Não existe jogo em que um time seja 80% superior ao adversário ou vice-versa”, comparou. “É um campeonato bem diferente, que agrega muita qualidade e muita força”, elogiou. A chegada de novos jogadores à Curuzu parece não assustar Juninho. Entre esses novos contratados pelo clube está o equatoriano Juan Cazares, que atua como meia ofensivo também.
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“Não vejo a chegada dele como uma concorrência”, afirmou Juninho. “O vejo mais como mais um atleta que está vindo para nos ajudar”, declarou Juninho, que deve seguir como titular do Papão no jogo do próximo domingo, contra o Coritiba-PR, na capital do Paraná.
E MAIS...
A informação ainda não é oficial, com o clube publicando a “figurinha” do jogador em seu site contendo o tradicional “bem-vindo”, mas já se sabe que o Paysandu acertou a contratação do lateral-esquerdo Keffel Resende, de 24 anos, atualmente no Torrense, de Portugal, clube no qual o defensor está há cinco temporadas. No futebol brasileiro, o atleta atuou pelo São Caetano-SP, onde começou a carreira desde a base, e Retrô-PE. O jogador teria sido indicado à direção bicolor pelo auxiliar-técnico Guilherme dos Anjos, que conhece bem Keffel da época em que o atleta defendia a equipe pernambucana.
Além de atuar no setor de defesa, Keffel também pode ser aproveitado no setor de meio de campo. É provável que o atleta tenha a sua aquisição anunciada pelo Papão por todo o dia de hoje. A vinda do defensor acontece para sanar a deficiência no elenco bicolor de jogadores da posição, visto que o grupo conta apenas com Kevyn como ala esquerdo de ofício. O técnico Hélio dos Anjos já havia anunciado o acerto com um lateral canhoto como prioridade no aproveitamento da reabertura da “janela” de inscrição de atletas no Brasileiro.
O meia-atacante Juan Cazares, este já anunciado pelo clube, já está em Belém, embora a informação não tenha sido passada à imprensa até ontem. Mas o equatoriano esteve ontem pela manhã na Curuzu, quando pôde conhecer as instalações do novo clube e, também, os novos companheiros de trabalho. Cazares deve iniciar hoje a bateria de exames e testes físicos para posteriormente ser integrado ao elenco. O jogador, assim como o atacante Paulinho Bóia e Keffel serão inscritos para a disputa da Série B assim que a “janela” de registros de atletas for aberta, nesta sexta-feira, pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Vinícius Leite está de saída da Curuzu?
A confusão está formada. O Náutico-PE anunciou, ontem, a contratação do atacante Vinícius Leite, do Paysandu. O acerto para a ida do atleta para o clube pernambucano foi conduzido pelo empresário do jogador, que, também, teria, antes, tentado fechar com o Botafogo-PB. Ocorre que o próprio Leite não estaria interessado em trocar o Papão pelo Timbu, preferindo continuar na Curuzu e tentar retomar a titularidade no time, condição que ele perdeu há algum tempo. A negociata entre os o empresário e o Náutico, sem o conhecimento do Paysandu, teria irritado sobremaneira os dirigentes do clube alviceleste.
O próprio Leite também não teria gostado da atitude de seu representante. O atleta ficou de ter uma conversa ontem com o presidente Maurício Ettinger para resolver a questão. O fato de o Náutico disputar a Série C do Brasileiro, inferior à divisão disputada pelo Paysandu, que participa da Série B, não estaria motivando o jogador a mudar de clube neste momento. Não bastasse isso, o Timbu também não faz campanha tão empolgante na chamada Terceirona do Nacional.
Na coletiva da última quarta-feira, o jogador admitiu estar insatisfeito com a condição de reserva no time bicolor. “Realmente vem me incomodando um pouco, sim. Todos sabem das minhas qualidades e do que sou capaz de fazer”, declarou o jogador, ao ser questionado sobre a sua saída da equipe. A suposta transferência do atleta para o Náutico causou espanto pelo fato dele afirmar, na mesma entrevista, que estava empenhado em reconquistar a titularidade no time. “Venho buscando isso durante os treinamentos. Venho procurando melhorar ainda mais a minha parte física e meu grau de intensidade”, afirmou o jogador.
BRONCA
O técnico Hélio dos Anjos ganhou, de última hora, dois desfalques para o jogo de domingo, contra o Coritiba-PR, fora de Belém, pela Série B do Brasileiro. Um titular e o outro reserva. O lateral-direito Edilson sofreu uma lesão durante o treino da manhã de ontem, na Curuzu, e teve a sua participação na partida vetada pelo Departamento de Saúde. Já o volante Wesley Fraga, que era tido como cotado para substituir o titular João Vieira, suspenso, também adquiriu uma contusão na movimentação do elenco e teve o mesmo destino do lateral: o DS bicolor, onde já está o zagueiro Quintana, que também não viajará para o Sul.
Edilson é um dos jogadores que mais atuou pelo Papão na temporada. De acordo com levantamento feito pela assessoria do Papão, dos 36 jogos feitos pelo time na temporada, o lateral só não esteve em campo em três deles, indo agora, portanto, para o seu 4º jogo fora da equipe. Foram 14 partidas pelo Parazão, uma pela Copa do Brasil, seis pela Copa Verde e 12 pela Série B do Brasileiro. Mesmo ausente na partida do próximo final de semana, Edilson festeja o retrospecto que tem com a camisa do campeão paraense. “Fico feliz pelos meus números aqui no Paysandu e por manter toda essa regularidade”, diz.
Por sua vez, Fraga não é titular, mas vem sendo aproveitado com frequência por Dos Anjos nos jogos do time bicolor no Brasileiro. O atleta, se imagina, seria a 1ª opção do técnico para recompor o meio de campo do time na partida no “Couto Pereira”, em Curitiba. Descartada a inclusão de Fraga na comitiva bicolor, que viaja hoje à noite para a capital paranaense, Val Soares é quem passa a ter as maiores chances de entrar no meio de campo do time, com Netinho aparecendo, especula-se, sendo a 2ª opção do comandante bicolor para escalar a sua equipe.