As festas de fim de ano costumam trazer esperança e renovação, mas no Paysandu, o clima é de preocupação. Uma temporada que terminou com alegria pela permanência na Série B e os títulos do Campeonato Paraense e da Copa Verde deram lugar a um cenário de dificuldades.
O atraso nos pagamentos de jogadores e funcionários acendeu o sinal de alerta na Curuzu, modificando o momento de celebração em um grande desafio para a nova diretoria que ganhará posse.
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O diretor jurídico e futuro vice-presidente, Márcio Tuma, falou do atual momento financeiro que o clube está vivendo e que vem tirando o sono dos torcedores.
"Este ano de 2024 foi bem difícil. Tivemos um hiato de vitórias ao longo do Campeonato Brasileiro e isso refletiu na projeção das finanças, de bilheteria, de sócios-torcedores, além de vários aspectos que estavam planejados e acabaram não se realizando. Aliado a isso, o Paysandu realizou investimentos em contratações, tomou medidas necessárias para a permanência do clube. Isso, sem dúvidas, apontou uma dificuldade financeira. Tenho certeza que não é privilégio do Paysandu. Tenho convicção que a gestão atual fez o que foi possível. Eu, na posição de diretor jurídico, não interfiro nessa questão, até este momento. Mas percebemos que não é uma dificuldade que é privilégio do Paysandu. Vários clubes enfrentam essa situação e não foi diferente conosco neste ano. Todos os compromissos estão sendo arcados pelo Paysandu com muita dificuldade. O que eu posso dizer é que estão sendo honrados", destacou em entrevista ao canal RS Live Sports.
A situação, certamente, acaba deixando a Fiel Bicolor preocupada com o que virá na temporada 2025, onde o clube disputará o Campeonato Paraense, Copa Verde, Copa do Brasil e a Série B.
"O que eu posso assegurar para a imprensa e toda a imensa torcida bicolor é que, na gestão que iremos iniciar, isso será uma prioridade. Resolver pagamento de salário, pagar tudo rigorosamente em dia, como os salários, encargos. Não estamos confortáveis com essa dificuldade. Sabemos que isso é do esporte, mas temos confiança no trabalho que será feito, que, na verdade, já vem sendo feito desde quando a eleição aconteceu. Estamos trabalhando intensamente dentro do Paysandu. A atual gestão possibilitou que tivéssemos essa transição de maneira efetiva. Tenho certeza de que isso é uma prioridade. Repito e volto a repetir: o que fazemos fora do gramado reflete em campo. "Então, quero todo mundo bem pago, todo mundo recebendo em dia, porque eu não abro mão do direito de cobrar, do direito de exigir comprometimento, que todos tenham competência e foco voltados ao Paysandu. Posso exigir isso quando eu também estou em dia. Isso, para mim, são fatores que caminham juntos. Tenho certeza de que essa dificuldade é passageira, como tantas outras na história.", enfatizou.
Quando uma informação aparece, especialmente no universo do futebol, uma enxurrada de outras notícias começa a circular rapidamente pela imprensa e pelas redes sociais digitais.
Muitas vezes, essas informações carecem de purificação específica, dando espaço a especulações e rumores que nem sempre são relevantes para a realidade.
Esse efeito, comum no meio esportivo, pode gerar confusão entre forças e aumentar a pressão sobre os envolvidos, dificultando ainda mais a resolução de problemas.
"Neste momento, vamos estar unidos, diretoria, conselho, torcida e imprensa, que sabemos que precisa ter um direito informativo, apesar de saber que nem todos pensam assim, mas respeito muito o trabalho da imprensa. Não vou atacar ninguém. A imprensa executa um trabalho constitucional de informação, de extrema relevância para a sociedade, para o estado democrático de direito, mas não concordamos com os excessos", ressaltou.
"Não concordamos que, em um momento como este, de reapresentação, de início de um trabalho, o clube esteja sendo jogado como se ninguém tivesse responsabilidades, como se a gestão não quisesse pagar. Sabemos que não é assim. Peço respeito. Vamos trabalhar para que isso aconteça. É um compromisso e não dá para ser diferente. Tem que estar com as contas todas em dias, tudo em ordem. É uma meta da diretoria. Estamos todos fechados neste propósito", finalizou.