O Paysandu enfrentou problemas de atraso de salário neste final de temporada, mas o presidente Maurício Ettinger minimizou a situação, afirmando que o clube está honrando os compromissos financeiros.
Segundo Ettinger, este é um processo comum nos finais de temporada, e não há motivos para alarme. Ele garantiu que a gestão segue focada em manter as contas em dia até o término de seu mandato, em 31 de dezembro.
"É o que acontece todo ano. Pagamos antes do Natal todos os salários. Recebemos, na quinta-feira (26), o dinheiro da Libra, que estamos usando para pagar os jogadores. O Paysandu não tem problema de dinheiro, mas sim de fluxo de dinheiro. Então, sempre atrasa. Os jogadores já sabiam que ia atrasar de 10 a 15 dias. Foi um ano muito bom, muito tranquilo. No final, demorou porque as negociações demoram. Alguns jogadores querem uma coisa, nós dizemos que está errado, demonstramos, há trocas, negocia de novo, então demora", destacou em entrevista ao jornalista Giuseppe Tommaso, da RBA, no programa Tomazão.
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"Alguns jogadores que ficaram, atrasamos 20 dias, mas já estamos voltando a pagar, então está tudo ok. Estamos negociando outros patrocinadores que já começaram a entrar... Mas nada de anormal. O Roger (Aguilera) pega o Paysandu nos trilhos como eu peguei. Obvio que todo começo de ano é mais difícil, mas pegamos algumas receitas, como vendas antecipadas de camarotes", ressaltou.
O zagueiro Lucas Maia, que possui vínculo com o Lobo até o fim de 2025, entrou com uma ação judicial pedindo a rescisão de contrato, porém teve o pedido negado pela justiça. Ele ainda pede mais de R$ 3 milhões.
Maurício Ettinger revelou que realizou acordos com os atletas que já deixaram o clube e ainda possuíam pendências financeiras. Segundo ele, tudo está sendo honrado.
"Os jogadores que saíram, negociamos, colocamos até mesmo as premiações que estávamos devendo dentro da negociação e parcelamos, como sempre fazemos todos os anos. Parcelamos em 2x, 6x, 8x, depende do valor. E o Paysandu não deve nada aos que saíram antes. Dos últimos que saíram, já pagamos a primeira parcela, às vezes duas parcelas e estamos pagando normalmente. Todo ano fazemos isso", ponderou.
O gestor assumiu o Paysandu em 2020. Após quatro temporadas à frente do Papão, ele revelou sempre ter pago tudo em dia, mas voltou a frisar que no final das temporadas as coisas apertam um pouco.
"Depende muito como o torcedor escuta. 'Ah, o Paysandu não paga'. O Paysandu passou os últimos quatro anos pagando em dia. O que pagamos de premiação e bicho foi algo que o clube nunca havia pago. Pagamos sempre em dia, mas no final deu uma engasgada porque não tem mais bilheterias, os patrocinadores vão mudando, mas todo ano acontece o mesmo. É normal em qualquer clube e todos os anos. É sempre assim. Vemos isso tudo de uma maneira muito normal", finalizou.