O Paysandu tem atravessado mais uma semana turbulenta fora de campo. Na última quinta-feira (18), o atacante paraguaio Jorge Benítez ingressou com uma ação trabalhista contra o clube, tornando-se o sétimo jogador do elenco de 2025 a recorrer à Justiça em busca do recebimento de salários e direitos contratuais em atraso. O atleta cobra R$ 333.664,51 do clube bicolor.
Benítez teve participação de destaque nas finais do Campeonato Paraense e passa a integrar uma lista que evidencia a grave crise financeira e jurídica enfrentada pelo Paysandu. Somente nas ações trabalhistas já conhecidas, o clube acumula um passivo estimado em R$ 13,4 milhões, envolvendo atrasos salariais, direitos de imagem e a ausência de depósitos do FGTS.
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— Magno Fernandes (@Cf27Magno) December 19, 2025
Atacante Jorge Benítez também entrou com ação trabalhista na justiça contra o @Paysandu.
O paraguaio que de não me falha a memória, só jogou bem nas finais do estadual, pede R$ 333.664,51.
Infelizmente a relação está aumentando e Benítez é o 7°… pic.twitter.com/2Rn0WkiuIj
O caso de maior impacto é o do atacante Rossi (Rosicley Pereira da Silva), que move ação superior a R$ 5,1 milhões. A Justiça do Trabalho concedeu liminar reconhecendo a rescisão indireta do contrato do jogador, apontando falta grave por parte do clube e risco de prejuízo irreparável à carreira do atleta.
Além de Rossi e Benítez, outros jogadores também acionaram o Judiciário ao longo da temporada. O volante Leandro Vilela cobra R$ 4.057.229,11, alegando inadimplência salarial, ausência de depósitos de FGTS, pendências de direitos de imagem e falta de assistência após uma lesão sofrida em setembro de 2025. Já o atacante André Lima ingressou com processo estimado em R$ 1,6 milhão, que envolve salários atrasados, direitos de imagem, FGTS e auxílio-moradia.
A lista continua
A lista inclui ainda o uruguaio Pedro Delvalle, com pedido próximo de R$ 914 mil; o volante Dudu Vieira, que cobra R$ 705.045,39 após rescisão contratual por inadimplência; e o paraguaio Ramón Martínez, cuja ação, avaliada em cerca de R$ 700 mil, foi encerrada posteriormente por meio de acordo.
A crise financeira do Paysandu, agravada pelo rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro, aumenta a pressão sobre a diretoria. O cenário reforça a urgência de uma gestão mais eficiente e de negociações com atletas para evitar novos litígios e prejuízos esportivos e institucionais ao clube.
