Uma nova era está prestes a se iniciar no Papão. O advogado Márcio Tuma assumiu oficialmente a presidência do Paysandu Sport Club nesta segunda-feira (22), após a renúncia de Roger Aguilera. O novo presidente foi apresentado durante entrevista coletiva realizada no estádio da Curuzu, onde falou pela primeira vez no comando do clube alviceleste. 

A coletiva contou com a presença de Ieda Almeida, presidente do Conselho Deliberativo, Diego Moura, que passa a ocupar o cargo de primeiro vice-presidente, e Manoel Acácio, presidente da Assembleia Geral do Paysandu. 

Em seu primeiro pronunciamento como presidente, Márcio Tuma destacou a necessidade de força e coragem para enfrentar o momento delicado vivido pelo clube.

Conteúdo relacionado

Márcio Tuma assume oficialmente o mandato na presidência do @Paysandu até o final do ano de 2026. pic.twitter.com/QlkwbuAY41

— Magno Fernandes (@Cf27Magno) December 22, 2025

Advogado de formação, Tuma era diretor jurídico do Paysandu e primeiro vice-presidente durante a gestão de Roger Aguilera, função que exercia desde o final de 2023. Agora, ele assume a missão de conduzir o clube em um período marcado por dificuldades financeiras, administrativas e esportivas. “Temos que ter a fibra, a força necessária e a coragem para enfrentar os desafios. Assim é o Paysandu e assim eu procuro ser”, disse. 

Durante a coletiva, o novo presidente reforçou o compromisso de recolocar o Paysandu nos eixos na próxima temporada e ressaltou a importância do estatuto como base para a gestão. Segundo ele, a cobrança é necessária, independentemente de quem esteja à frente da presidência. “A cadeira é transitória e quem ocupa será cobrado, com base no estatuto do clube. Essa cobrança precisa existir.

A responsabilidade no cargo.

Tuma também comentou sobre a responsabilidade envolvida no cargo. Ele ressaltou sua postura de lealdade às gestões das quais participou e afirmou que a mudança no comando só ocorreu devido aos resultados negativos. “O Paysandu é um clube presidencialista e é pesado sentar nessa cadeira. Sempre tive lealdade aos presidentes com quem trabalhei. Se o Roger tivesse acertado, eu não estaria aqui”, declarou.

No aspecto financeiro, Márcio Tuma foi enfático ao afirmar que o clube precisa romper com práticas antigas. No momento em que estamos, é fundamental ter metas e diretrizes para não repetir os erros. Temos que romper esse ciclo vicioso. A nossa proposta é promover mudanças, estruturar o clube, unir as pessoas. É um desafio muito grande e sabemos disso, mas a palavra é transparência total”, garantiu.

A renúncia de Roger Aguilera

Já em sua mensagem de despedida, Roger Aguilera destacou a longa relação com o Paysandu, recordou mais de 20 anos de atuação voluntária na gestão do clube e afirmou que continuará apoiando a instituição, mesmo sem ocupar cargos oficiais. A nova diretoria assume com a missão de iniciar um processo de reconstrução do Paysandu, buscando estabilidade administrativa, financeira e esportiva após um dos períodos mais difíceis da história recente do clube.

MAIS ACESSADAS