No Dia das Mães, Clube do Remo e Floresta-CE se enfrentam neste domingo, 12, para decidir quem será a mãe da Série C. Os dois times, que se enfrentam às 19h, no Baenão, são os piores até aqui, com ambos sendo derrotados nas três primeiras rodadas da primeira fase da competição. O time paraense só não é o lanterna porque o cearense tem saldo de -5, enquanto que a equipe azulina tem saldo de -4. No show de horrores que vem sendo as campanhas dos dois times, há um agravante contra o Leão Azul. Mesmo sem confirmação oficial, o Remo teria a maior folha salarial da terceira divisão, com um orçamento mensal quatro vezes maior que o do Floresta, que teria a menor folha entre os 20 times da competição.
Os últimos dias foram complicados para os azulinos. Desde a derrota de 1 a 0 para o Botafogo-PB, há uma semana, houve protestos de torcedores que aumentaram de escala até chegar a um patamar perigoso. Começou com ovos sendo jogados nos muros do Baenão, reclamações na chegada da delegação em Belém e, por fim, uma faixa com ameaças nada veladas. Dias depois, cinco jogadores foram afastados e passaram a treinar em separado. O zagueiro Ícaro, o lateral-esquerdo Nathan, o volante Renato Alves e os atacantes Sillas e Echaporã não vestirão mais azul-marinho, embora não tenham sido demitidos oficialmente.
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Mais uma vez o técnico Gustavo Morínigo deve fazer mudanças na equipe principal. Desde que chegou ele nunca repetiu uma formação de um jogo para o outro. Um dos cotados para entrar é o atacante Pedro Vítor, que desde que se recuperou de uma séria lesão ainda não foi titular em nenhuma oportunidade, e se mostrou otimista por uma vitória remista neste fim de semana. “Temos que ter a nossa responsabilidade de atleta, de jogador, de homem. Não temos explicação para dar e sim tentar reverter esse quadro”, disse. “Tenho certeza que temos elenco para mudar essa situação. Creio que quando chegar a vitória, vamos desfrutar mais do trabalho e ficaremos mais leves para os jogos que temos pela frente”, completou Pedro Vítor.
É uma opinião semelhante a do lateral-esquerdo Hélder Santos. Para ele, jogando em casa o Remo tem a obrigação de propor jogo e vencer. “Eu sei da situação da equipe adversária, sem ter os resultados, e sempre se torna um jogo difícil. Mas temos que vencer. E o futebol é dinâmico, daqui a pouco, a gente consegue essa vitória, o ambiente melhora e a gente consegue dar uma boa sequência no campeonato”.
O meia Jaderson, principal destaque da equipe até aqui, também defende o trabalho que vem sendo feito no Baenão, em especial o da comissão técnica. O jogador salienta a relação com o técnico Gustavo Morínigo, de trabalho forte e diálogo em busca da reabilitação. “O treinador conversa com o grupo e com cada jogador. Ele disse que vai ser um jogo muito difícil e que temos que estar preparados, não dar chances ao adversário e aproveitar as chances que aparecerem”.
GRUPO CONFIANTE
No que o Clube do Remo tem que melhorar para chegar à primeira vitória na Série C? Para o lateral-direito Thalys, em tudo. Ao mesmo tempo em que destaca as qualidades técnicas do elenco azulino, o jogador admite o quanto a temporada tem sido irregular até aqui. “Acho que tudo, tanto na parte ofensiva quanto defensiva. Nós temos qualidade para isso, temos capacidade e já demonstramos isso em vários momentos da temporada contra equipes bem qualificadas”.
O lateral garante que a cobrança dentro do Baenão vem de todos os lados, principalmente, entre os jogadores. “A gente tem treinado forte, sabendo que não fizemos boas partidas. Temos consciência disso, precisamos melhorar e muito, e o professor tem cobrado bastante nos treinos. Nós mesmos temos nos cobrado e creio que no domingo as coisas vão mudar, a vitória vai vir e começar uma sequência positiva”.
O trabalho de preparação para essa partida foi, de acordo com Thalys, em busca de variações para dar mais opções ao time e poder furar qualquer retranca adversária. “A gente tem várias variações e creio que durante o jogo ali o professor vai ajustando”, disse. Estudamos o adversário para sabermos os pontos fracos e os pontos fortes dele, creio que a gente vai estar bem preparado, o professor já tem nos passado todos esses dados”, completou o defensor.
Dependendo de uma vitória azulina e de uma combinação de resultados, o Leão Azul pode sair da zona do rebaixamento e pular de seis a sete posições. Mas, por enquanto, esse pensamento fica apenas na suposição. O foco é apenas no Floresta. “Creio que a gente tem que pensar jogo a jogo e o próximo jogo é contra o Floresta e a gente não pode pensar em outro placar a não ser a vitória.”