De volta à elite do futebol brasileiro após ausência que durou 31 anos, o Clube do Remo se prepara para entrar em um novo patamar financeiro e estrutural na sua história. E para isso, o presidente azulino Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, confirmou que, em 2026, o clube deverá operar com uma folha salarial mensal na casa dos R$ 10 milhões, a maior já vista no Baenão.

Tendo dois acessos conquistados nas últimas duas temporadas, Tonhão revelou: “Se tu está pensando alto, tem que fazer um investimento nesse sentido. Pode chegar em R$ 10 milhões? Pode. Mas é o futebol como um todo, não só de jogadores”, afirmou o presidente ao ser entrevistado nesta quinta-feira (27), pelo apresentador Valdo Souza, na Rádio Marajoara. 

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Norte e Nordeste do Brasil

Através de um levantamento feito junto a clubes e profissionais de imprensa sobre folhas salariais na Série A, os principais clubes do Nordeste trabalham com valores semelhantes aos projetados pelo Remo:

• Bahia: R$ 17 milhões (SAF do grupo City)
• Fortaleza: R$ 12 milhões
• Vitória: R$ 10 milhões
• Ceará: R$ 7 milhões
• Sport: R$ 6,5 milhões

Orçamento estimado em R$ 150 milhões

A temporada de 2026 será a última da gestão Tonhão, que administrará um Remo com receita recorde, estimada em até R$ 150 milhões — valor que pode ser ainda maior dependendo do desempenho em campo e da capacidade de expansão comercial. “O orçamento pode chegar a R$ 150 milhões, ou até mais. Vamos acrescentar alguns nomes no marketing para profissionalizar ainda mais o departamento.”

Conforme informado com exclusividade pelo DOL, o Clube do Remo conta atualmente com 16 atletas sob contrato, e de acordo com relato de Tonhão, 80% deles devem permanecer para a próxima temporada. "Alguns estão sendo assediados. Há interesse no Klaus, Marcelinho, Kayky (mas o Fluminense quer ele de volta), Pedro Rocha, Marcelo Rangel e mais alguns".

Participação na Libra, disputa judicial e potencial de crescimento

Como integrante da Libra, o Remo passa a participar de um modelo de distribuição de receita com maior segurança financeira e melhores perspectivas de valorização. No entanto, Tonhão reconhece que o clube deve enfrentar um novo desafio ao subir para a Série A: “Vamos entrar com esse problema porque o Flamengo bloqueou uma parte dessa verba. Só não fomos atingidos antes porque estávamos na Série B", disse.

A presença do Remo na elite, somada ao seu peso regional, pode colocar o clube em destaque na métrica de audiência — fator decisivo para o repasse financeiro dentro do novo modelo. "Existe uma variável de acordo com a audiência, e acredito que vamos ficar em patamar elevado, pois a torcida do Remo vai comprar", concluiu o mandatário azulino.