As mudanças climáticas podem causar tragédias naturais imensuráveis em muitos lugares do mundo. No Brasil, uma tragédia está ocorrendo no Sul do País e a previsão é de que as chuvas fortes ainda estejam longe de parar.

Porto Alegre e diversas regiões do Rio Grande do Sul enfrentam as piores enchentes já registradas na história do estado. Segundo a Defesa Civil gaúcha, em dados divulgados nesta segunda-feira (6), pelo menos 83 pessoas perderam a vida devido às inundações, e outras 88.000 estão desabrigadas.

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De acordo com o Metsul, instituto de previsão meteorológica, a situação climática atual pode levar algumas regiões do país a enfrentar novos extremos ao longo do mês. A empresa alerta que o Sul do Brasil está enfrentando o choque entre duas massas de ar: uma quente, que se estende pelo Centro e Sudeste do país, e outra fria, originada na Argentina.

Essa combinação tem resultado em chuvas muito acima do normal desde meados de abril e deve continuar nas próximas duas semanas. O Metsul divulgou um boletim afirmando que maio de 2024 será um dos mais extremos da história climática brasileira, com temperaturas e chuvas muito acima do comum para esta época do ano, especialmente no Sul e Sudeste.

Os meteorologistas do instituto também relacionam parte do calor excessivo registrado no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil ao fenômeno El Niño, que consiste no aquecimento das águas do Oceano Pacífico na costa sul-americana.

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A previsão é de que os primeiros 15 dias de maio registrem chuvas de 200% a 400% acima da média mensal em algumas localidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, podendo chegar a acumulados de 300 mm a 500 mm em certos municípios. Essas condições climáticas podem resultar em novas cheias de rios, alagamentos, inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra.

Os meteorologistas alertam que as chuvas intensas devem persistir até a segunda metade do mês. No Sudeste, as temperaturas máximas devem se assemelhar ao verão, com registros de até 40ºC ou mais. O Metsul também adverte que o número de queimadas pode aumentar consideravelmente devido ao tempo seco e excessivamente quente.

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