A ressonância magnética é um exame não invasivo e altamente preciso, destinado a detectar, diagnosticar e monitorar o tratamento de diversas doenças. Este procedimento permite a avaliação de órgãos, tecidos e do sistema esquelético, produzindo imagens de alta resolução do interior do corpo. Utilizando um campo magnético, ondas de radiofrequência e um conjunto de softwares, a ressonância não emite radiações ionizantes e é considerada segura. Entretanto, apesar de ser considerado seguro, há registros de casos raros de óbito durante o exame no Brasil, o que suscita preocupações sobre possíveis complicações e a necessidade de uma avaliação cuidadosa dos riscos envolvidos.

Como o caso de Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, que faleceu durante um exame de ressonância magnética em uma clínica em Santos, no litoral de São Paulo. Sua esposa, Sabrina Altenburg Penna, aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer a causa do falecimento. Segundo Sabrina, uma médica da clínica indicou que Fábio sofreu um infarto fulminante, mas o laudo preliminar do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) apontou "morte suspeita", o que resultou na necessidade de um exame necroscópico completo para elucidar os fatos.

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Sabrina compartilhou que o exame havia sido solicitado por um médico devido à sonolência excessiva que Fábio apresentava na última terça-feira (22). Apesar do atraso de duas horas no atendimento, ele manteve a calma durante a espera. Após o início do procedimento, Sabrina saiu para almoçar e, ao retornar, foi informada de que ele estava "agitado, mas bem". Entretanto, ao notar uma movimentação estranha e questionar a equipe, foi informada de que Fábio havia passado mal, mas que estava recebendo atendimento.

Minutos depois, ao ver a equipe do Samu chegando, Sabrina encontrou o marido em uma situação crítica, sendo submetido a reanimação cardíaca. "Os médicos do Samu abriram a porta para entrar e vi que ele [Fábio] estava deitado e tinha uma pessoa em cima dele fazendo a massagem [cardíaca]", relatou Sabrina. Infelizmente, Fábio faleceu pouco tempo depois, e a polícia foi chamada para registrar o caso, enquanto o corpo era encaminhado ao SVO para investigações adicionais.

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Sabrina, que tem uma filha de 6 anos com Fábio e uma enteada de 14, lamentou profundamente a perda e expressou suas dúvidas sobre o atendimento prestado ao marido. "Até o Samu chegar foram 40 minutos, o que fizeram lá dentro nesses 40 minutos?", questionou. Ela afirmou que Fábio mantinha a pressão arterial controlada com medicamentos e não apresentava sintomas graves, apenas sonolência. A prefeitura de Santos informou que o Samu foi acionado às 15h e encontrou o paciente já sob atendimento da equipe da clínica.

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