O dia seguinte ao ataque com explosivos ocorrido na região da Praça dos Três Poderes em Brasília (DF) é de muita tensão e busca por informações sobre a vida e histórico do autor da ação. Identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, o homem morreu ao se explodir com um dos artefatos que carregava em plena calçada da sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em depoimento a agentes da Polícia Federal, a ex-esposa de Francisco, mais conhecido como Tiü Franco, revelou que o autor do ataque à sede dos três poderes em Brasília planejava assassinar o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

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"Ele falava que ia matar o Alexandre de Moraes e quem mais estivesse perto na hora do atentado”, confessou a mulher, identificada apenas como Daiane.

Questionada pelo agente da PF se matar o ministro era uma obsessão do ex-marido, ela respondeu que sim. "[Obsessão] Dele. Tanto que ele me deixou quase louca. Todo mundo na rua [dizia] 'você vai ficar louca'. Ele só falava de política, política e política", declarou.

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A mulher revelou, ainda, que o ex-marido pesquisava na internet formas de assassinar o ministro Alexandre de Moraes. "Tinha pesquisa no Google sobre isso ali [matar Moraes]. Aí eu mandei pra ele :'Tu vai mesmo fazer esse tipo de loucura?' Ele disse que não. Aí eu printei e mandei pra ele e perguntei: 'Como que não?' Por que tu ta pesquisando esse tipo de coisa?'"

Daiane afirmou que o ex-marido só morreu porque foi descoberto. "Ele jamais tiraria a vida dele, a não ser que tivesse cumprido o objetivo. Se ele morreu em vão, não foi por ninguém, foi porque descobriram o que ele iria fazer".

Nas imagens do circuito de câmeras da Praça dos Três Poderes, é possível ver que Luiz recua depois de ser abordado por um segurança. Ele joga alguns explosivos contra a sede do STF, depois se deita ou cai no chão com um explosivo perto da cabeça e morre após a detonação.

A ex-mulher de Tiü Franco também revelou que o então casal participou dos acampamentos golpistas montados em frente a quartéis das Forças Armadas pelo Brasil após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

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