Dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelam que em cinco anos o número de pessoas suspeitas de crimes financeiros no Brasil aumentou.
Como forma de combater um crime ainda muito praticado no Brasil, como a lavagem de dinheiro, bancos, corretoras e correspondentes cambiais têm recorrido a instituições especializadas em auditorias de prevenção a essas práticas.
Um dos meios mais seguros e eficientes é a certificação. Segundo dados da Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM), 154 correspondentes cambiais recorreram a certificações.
Até o começo de novembro deste ano, já eram 222. Alta de 45%. O mercado de câmbio é considerado pelo Banco Central um dos mais sensíveis no combate à lavagem de dinheiro.
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Dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) mostram que de 2014 a 2023, houve um aumento de 420% no número de Relatórios de Inteligência Financeira produzidos pelo órgão. Os relatórios são o resultado de análises das comunicações recebidas de entidades que têm a obrigação de comunicar indícios de crimes financeiros.
As certificações da ABRACAM, feitas em parceria com a Ernst Young, avaliam se as normas da circular 3978/2020 do Banco Central, que aumentou os critérios de exigência de ações de prevenção à lavagem de dinheiro, estão em funcionamento nas instituições financeiras auditadas.
O crescimento do setor atrai também a atenção de novas entidades de certificação ao país. No mês passado, o The Wolfsberg Group, associação dos 12 maiores bancos do mundo, anunciou uma parceria com a ABRACAM para a introdução de novas normas de compliance nas certificações realizadas pela entidade no país.