O urubu-rei (Sarcoramphus papa) é uma ave cathartiforme da família Cathartidae é considerado extremamente raro. Habitante de zonas tropicais a semitropicais, desde o México até a Argentina, e em todo o Brasil, por se alimentar de carne em putrefação, sua caça é proibida, por ser considerado uma ave importante na limpeza do meio ambiente. Quando muitos animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a controlar a epidemia comendo os animais mortos e agonizantes.

O animal possui uma envergadura que varia de 170 a 198 cm e peso que oscila de 3 a 5 kg, medindo cerca de 85 cm de comprimento. Tem cabeça e pescoço nus, pintados de vermelho, amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo amarelo-clara, esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado inferior branco, com plumagem branca e negra.

Na manhã da última quinta-feira (5), uma cena chamou atenção na região da Estrada Parque de Piraputanga, em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. Um urubu-rei, ave rara na região, foi avistado ao lado de urubus de cabeça preta se alimentando de algum animal morto. 

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Segundo o biólogo Fernando Ibanez Martins, que atua na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMA), o urubu-rei é mais comumente visto em áreas preservadas, como florestas, margens de rios e encostas de serras.

"Ele é avistado principalmente em locais onde há carcaças de animais expostas". Apesar de ocorrer em quase todo o território nacional, o urubu-rei é mais raro de ser visto. Isso se deve à sua dependência de áreas preservadas, seu porte maior e ciclo reprodutivo mais lento em comparação aos outros urubus", detalha o biólogo. Por esses motivos, suas populações são menores do que as de outras espécies, como os urubus de cabeça preta, vermelha e amarela.

O urubu-rei tem um papel crucial no ecossistema. "Não apenas ele, mas todas as espécies de urubus são essenciais para a saúde ambiental, pois se alimentam de carcaças e atuam como 'faxineiros da natureza'. Eles são fundamentais na ciclagem de nutrientes", afirma Fernando.

O comportamento registrado na foto reflete a natureza dessa espécie. "Ele estava fazendo o que faz de melhor: se alimentando da carcaça de um animal. O urubu-rei, além de maior, possui um bico mais poderoso que lhe permite rasgar o couro de carcaças ainda não decompostas. Ele é o primeiro a chegar e, por ser mais agressivo, domina o espaço, reafirmando sua posição como 'rei'."

O flagrante reforça a importância de preservar o bioma local, garantindo espaço e recursos para que espécie continuem a existir e a desempenhar seus papéis na natureza.

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