Você já deve ter ouvido falar do solstício de verão: um fenômeno da astronomia que ocorre duas vezes ao ano, nos meses de junho e dezembro, marcando a entrada de uma nova estação.

Este sábado, dia 21 de dezembro , marca o dia mais longo do ano. A data também confirma o solstício, às 7h 29 (horário de Brasília), no hemisfério sul .

Embora o sábado continue com 24 horas, a duração do período iluminado será maior do que em qualquer outro dia de 2024.

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A ocorrência do solstício está ligada à inclinação de 23,5° do eixo de rotação da Terra. Essa característica provoca variações na incidência de radiação solar, que mudam de acordo com a localização no globo terrestre e o ponto da órbita da Terra ao redor do Sol.

Por que os dias variam em duração?

Nas proximidades da linha do Equador, como no Brasil, a diferença na duração dos dias e noites ao longo do ano é quase imperceptível. No entanto, essa variação se torna mais evidente conforme se avança em direção aos polos.

No verão, os dias se tornam progressivamente mais longos, chegando a um ponto em que o Sol não se põe em regiões próximas aos polos, fenômeno conhecido como "sol da meia-noite".

Enquanto isso, no polo oposto, ocorre a noite polar, um período contínuo de escuridão. Esses extremos ajudam a ilustrar como a duração dos dias e noites muda gradualmente com o aumento da latitude.

Na linha do Equador, o intervalo entre o nascer e o pôr do Sol permanece praticamente constante em torno de 12 horas, independentemente da estação. Em latitudes temperadas, como na altura de 40 graus norte ou sul — que inclui regiões como Bariloche, na Argentina —, os dias de verão podem ter até 15 horas de luz solar. Já no Círculo Polar Antártico, o Sol pode permanecer visível durante meses.

Fenômeno espelhado entre os hemisférios

Enquanto o hemisfério sul vivencia o solstício de verão, no hemisfério norte ocorre o solstício de inverno, caracterizado pelo dia mais curto e a noite mais longa do ano.

Embora o Sol sempre nasça no leste e se ponha no oeste, sua posição no céu varia ao longo do ano devido à inclinação da Terra. Nas regiões tropicais, essa variação é sutil, mas nas áreas mais próximas aos polos, o movimento aparente do Sol é bastante perceptível.

Durante o solstício de verão, o Sol alcança seu ponto mais alto no céu. Para um observador no Brasil, ele parece estar subindo nos dias que antecedem o evento e, a partir do solstício, começa a descer.

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O momento em que o Sol atinge esse “auge” e inicia o movimento descendente é o que chamamos de solstício, termo derivado do latim “solstitium”, que significa "parada do Sol".

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