As prisões dos suspeitos da tentativa de golpe de Estado em 2022 repercute no cenário político do país, sobretudo por conta dos cargos que os mesmos ocupavam na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes manteve as prisões do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e do general Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro. 

Após os pedidos das defesas, Moraes negou a liberação de Mário Fernandes. A decisão em relação a Braga Netto está sob sigilo. O ex-ministro encontra-se preso desde o último dia 14 de dezembro. 

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Na decisão que autorizou a prisão, Moraes transcreveu trechos da delação de Mauro Cid, no dia 21 de novembro, que ainda não foram divulgados e que confirmam a tentativa de Braga Netto de obstruir as investigações e coletar informações sobre sua colaboração com a polícia.

O ministro também cita o parecer da PGR que, conforme destacado na decisão que decretou a prisão em 17 de novembro, aponta a participação de Mário Fernandes na tentativa de golpe de Estado.

Ainda conforme Moraes, o general Mário Fernandes está inserido no contexto criminoso como membro do Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio de Outros Núcleos, cujos integrantes "agiram para influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação por meio do endosso de ações e medidas a serem adotadas para a consumação do golpe".

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