Sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, o Brasil assumiu nesta quarta-feira (1º) a presidência temporária do Brics. O grupo, inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora conta também com Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etópia e Irã como novos membros. A liderança brasileira estará nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve priorizar a reforma da governança global e a cooperação entre países do Sul Global.

Prioridades da presidência brasileira

Com foco na articulação político-diplomática e no fortalecimento de laços entre os membros, a presidência brasileira propõe avançar em cinco áreas prioritárias:

Facilitação do comércio e investimentos: Desenvolvimento de meios de pagamento entre os países do agrupamento.

Governança da Inteligência Artificial: Promoção de diretrizes inclusivas e responsáveis para o uso da tecnologia.

Financiamento contra as mudanças climáticas: Aprimoramento das estruturas financeiras, alinhadas à COP 30.

Cooperação em saúde pública: Estímulo a projetos conjuntos entre os países do Sul Global.

Fortalecimento institucional dos Brics: Consolidação das estruturas internas do grupo.

Rio de Janeiro como possível palco da cúpula

A presidência brasileira também traz ao país a responsabilidade de sediar a próxima cúpula dos Brics, prevista para o segundo semestre de 2024. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), manifestou interesse em receber o evento na cidade, buscando repetir o sucesso da realização do G20 este ano na capital fluminense.

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Embora não haja data e local definidos, a cúpula promete reunir lideranças globais para discussões cruciais sobre os desafios internacionais e as diretrizes do grupo. Em 2024, a última reunião aconteceu em outubro, em Kazan, na Rússia.

Saúde de Lula: um desafio recente

Apesar de assumir o comando do Brics, o presidente Lula enfrenta desafios pessoais em relação à saúde. Em outubro, ele sofreu um acidente doméstico que resultou em cinco pontos na cabeça e o impediu de comparecer presencialmente à cúpula realizada na Rússia. Posteriormente, complicções decorrentes da queda levaram Lula a passar por duas cirurgias: uma para drenar um hematoma e outra para conter hemorragias. Mesmo assim, ele demonstra disposição para liderar o grupo e reforçar a presença do Brasil no cenário global.

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Com a presidência dos Brics, o Brasil reafirma seu compromisso em promover a inclusão e a sustentabilidade em um mundo marcado por desafios globais crescentes. O evento a ser realizado no país promete consolidar essa visão e atrair atenções internacionais.

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