A FAB (Força Aérea Brasileira) concluiu no último sábado (4) a análise da caixa-preta do avião da Embraer que caiu no Cazaquistão em 25 de dezembro. Acidente aéreo deixou 38 mortos e 29 feridos.
Equipamento havia chegado ao Brasil na quarta-feira (1º). De acordo com a FAB, foram concluídos os processos de extração, aquisição e validação dos dados contidos nos dois gravadores de voo da aeronave Embraer 190.
Análise foi feita pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em Brasília. Todos os dados foram entregues à autoridade de investigação do Cazaquistão, agência responsável pela análise e investigação do acidente, conforme os protocolos internacionais, anunciou a FAB.
Relatório final é de responsabilidade do Cazaquistão. Segundo a FAB, as análises dos dados extraídos dos gravadores de voo e as informações a serem divulgadas no relatório final dessa investigação são de exclusiva responsabilidade do Cazaquistão.
RAZÕES PARA ENVIO DAS CAIXAS-PRETAS AO BRASIL
Solicitar análise especializada. O pedido foi feito pelas autoridades aeronáuticas do Cazaquistão à FAB, com base no Anexo 13 da Convenção sobre Aviação Civil Internacional, que permite a colaboração entre países em investigações de acidentes aéreos, de acordo com informações publicadas pela CNN.
Tecnologia de ponta no Cenipa. O órgão, por meio do Labdata (Laboratório de Leitura e Análise de Dados), possui equipamentos avançados, como animações em realidade virtual 3D, que permitem recriar cenários detalhados de voo, incluindo trajetória, altitude e funcionamento de sistemas.
Experiência com aeronaves Embraer. O avião envolvido no acidente foi fabricado pela Embraer. A empresa declarou, em nota, estar à disposição para colaborar com as autoridades.
Equipe internacional de especialistas. A análise está sendo conduzida por técnicos brasileiros e nove especialistas estrangeiros -três do Cazaquistão, três do Azerbaijão e três da Rússia- que acompanham o processo, de acordo com a CNN.
ACIDENTE DEIXOU 38 MORTOS
O avião voava de Baku para Grozny, na Chechênia, mas foi redirecionado por causa da neblina em Grozny. A aeronave foi forçada a fazer um pouso de emergência a cerca de 3 km de Aktau, no Cazaquistão.
Dos 62 passageiros a bordo do voo, 37 eram cidadãos azerbaijanos, 16 russos, seis cazaques e três quirguizes. Ao todo, 38 pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas.
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Esforços de resgate mobilizam dezenas de profissionais. Autoridades cazaques informaram que 50 socorristas foram encaminhados para o local do acidente e que, posteriormente, ampliaram a operação com mais de 150 trabalhadores de emergência. O Ministério da Saúde anunciou o envio de um voo de Astana com médicos especialistas para tratar os feridos.