Diversos casos de violência atrelados ao uso de símbolos que suspostamente teriam ligação com a facções criminosas ganharam destaque nos últimos meses e têm preocupado a população. Alguns gestos são hipoteticamente interpretados como uma espécia de "marcação de território" ou de "afiliação" e é importante estar atento para evitar riscos. O caso mais emblemático foi do adolescente Henrique Marques de Jesus, de 16 anos.
O jovem, natural do estado de São Paulo, em um momento de lazer com a família em Jericoacoara, no Ceará, tirou uma foto fazendo um gesto com três dedos apontados, semelhante a uma arma. O símbolo seria associado a uma das facções criminosas que atuam na região.
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De acordo com as investigações, o gesto com as mãos feito por Henrique pode ter sido a motivação de sua morte.
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Situação semelhante aconteceu com as irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28, em Porto Esperidião, no Mato Grosso. As duas jovens foram assassinadas após, supostamente, replicarem símbolos de facções.
Na foto em questão, Rayana e Rithiele aparecem fazendo diferentes gestos, todos com os três dedos levantados, o que supostamente simbolizaria um número associado a uma facção. O delegado responsável pelo caso apontou que a motivação da tragédia teria sido o símbolo feito pelas vítimas. A família negou qualquer envolvimento das jovens com associações criminosas.
Em 2019 e 2020, dois coroinhas foram assassinados em Fortaleza, no Ceará., em situações similares. Ronald Miguel Freitas, de 15 anos, foi morto após membros de uma facção encontrarem uma foto em que ele fazia o gesto de “V”, associado a um grupo rival. E o adolescente Jefferson Brito Teixeira, de 14 anos, foi alvo de violência devido aos três cortes que possuía em sua sobrancelha.
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O caso mais recente envolveu a cantora Duquesa, que decidiu retirar do ar o videoclipe de sua música “Fuso”, lançado em 16 de dezembro. A decisão foi motivada pela interpretação de um gesto no vídeo como um sinal associado a facções criminosas. No clipe, a artista fazia o número “3” com as mãos, o que gerou preocupação com possíveis retaliações.
A maioria das ocorrências foi registrada nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, onde facções criminosas, de acordo com investigações, se identificam por números.