O mistério sobre o paradeiro da traficante conhecida como “Japinha do CV” continua após a Operação Contenção, deflagrada na última terça-feira (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. Apesar dos rumores de que ela teria sido morta durante a ação, a Polícia Civil confirmou que o corpo que viralizou nas redes sociais não pertence à criminosa.

Neste domingo (02), a corporação divulgou a identidade de 115 das 117 pessoas mortas na operação. Nenhuma mulher aparece entre os identificados, o que reforça que “Japinha do CV” não está na lista oficial. O corpo apontado como sendo da criminosa foi identificado como Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia e integrante do Comando Vermelho. Ricardo foi morto com um tiro de fuzil na cabeça, o que dificultou o reconhecimento inicial. Contra ele, havia dois mandados de prisão em aberto pelos crimes de porte ilegal de arma e roubo.

📷 Corpo identificado como da Japinha do CV, na verdade, é de Ricardo Aquino dos Santos. |Reprodução/Metropoles

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Apontada pelas investigações como integrante da linha de frente da facção, Japinha, também chamada de Penélope, atuava na proteção de rotas de fuga e defesa de pontos estratégicos de venda de drogas. Fontes policiais afirmam que ela já teria fingido a própria morte em confrontos anteriores.

Nesta segunda-feira (03), um vídeo mostrando uma mulher fugindo durante a megaoperação que circula na internet voltou a reacender as teorias sobre a suposta sobrevivência da criminosa. A identidade da mulher filmada ainda não foi confirmada pelas autoridades.

Antes da operação, fotos da “musa do crime” já circulavam nas redes. Nas imagens, Penélope aparece usando traje de combate e empunhando um fuzil. Desde então, o paradeiro permanece desconhecido. Com isso, perfis falsos nas redes sociais começaram a utilizar as imagens da jovem para divulgar notícias falsas, pedir doações via Pix e até promover casas de apostas. Em alguns casos, golpistas chegaram a se passar por familiares da criminosa.

Diante da situação, a irmã de Japinha se pronunciou publicamente pedindo o fim da disseminação das imagens e das informações falsas sobre a suposta morte. “As pessoas precisam parar de inventar e respeitar a dor dos outros”, escreveu nas redes sociais.

📷 |Reprodução/Metropoles

De acordo com levantamento da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, entre os mortos na operação, 59 tinham mandados de prisão pendentes, 97 possuíam antecedentes criminais e 12 apresentavam indícios de ligação com o tráfico. No total, pelo menos 109 dos alvos tinham relação direta com o Comando Vermelho.

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