A creatina, famosa entre quem pratica exercícios por aumentar força, resistência e disposição, não pode mais ser adicionada a produtos alimentícios. Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de um picolé de açaí, guaraná e canela com creatina, além de já ter suspendido a comercialização de uma paçoca com a mesma substância.

Embora a creatina seja naturalmente produzida pelo corpo e usada como suplemento por atletas, sua inclusão em alimentos pode trazer riscos à saúde. O médico Alexandre Torelli, especialista em medicina esportiva, explica que o consumo da substância misturada em produtos alimentícios compromete o controle da dose e pode gerar compostos nocivos.

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Perigos do uso inadequado

No caso do picolé, o contato da creatina com a água forma creatinina, um subproduto prejudicial aos rins. “A decisão da Anvisa foi assertiva e correta”, afirma o especialista. Ele alerta que o excesso de creatina, muito acima das doses recomendadas de 5 g para homens e 3 g para mulheres, pode sobrecarregar os rins e causar lesões, embora doses moderadas sejam seguras e eficazes como suplemento.

Creatina: suplemento, não alimento

Na prática, a creatina deve ser consumida isoladamente, como suplemento alimentar destinado a adultos, permitindo que a quantidade ingerida seja controlada com segurança.

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Academias e praticantes de exercícios continuam a utilizar o pó branco para ganho de massa muscular e desempenho físico, mas produtos industrializados com creatina, como picolés e paçocas, estão oficialmente proibidos.

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