Com o objetivo de ajustar a renda dos trabalhadores à inflação e ao crescimento da economia, o Governo Lula publicou um decreto que estabelece um aumento de R$ 103 no salário mínimo. O novo valor, que será de R$ 1.621, foi confirmado oficialmente no Diário Oficial da União e passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.

Com isso, o reajuste de 6,79% será refletido nos pagamentos feitos aos trabalhadores já no mês de fevereiro do próximo ano.

O aumento de R$ 103 no salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.518, corresponde à aplicação da fórmula que leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referente à inflação acumulada nos 12 meses até novembro, e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Essa metodologia visa garantir a valorização do poder de compra dos trabalhadores e foi adotada desde 2023.

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A variação do INPC em novembro ficou em 0,03%, um valor bem abaixo do registrado no mesmo mês de 2024, que foi de 0,33%. Com isso, o acumulado da inflação no ano de 2025 foi de 3,68%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 4,18%, também inferior aos 4,49% observados nos 12 meses anteriores. Esses números influenciam diretamente no cálculo do novo salário mínimo, mas a inflação não é o único fator levado em conta.

Além do INPC, o aumento é também condicionado ao crescimento do PIB, que, junto com a inflação, determina o percentual do reajuste. No entanto, existe um teto para esse aumento. O reajuste total não pode ultrapassar 2,5 pontos percentuais acima da inflação. Essa regra foi criada para evitar que os gastos com o salário mínimo ultrapassem o limite do orçamento federal, protegendo a sustentabilidade fiscal do país.

Em março de 2025, o Governo Federal havia projetado um valor de R$ 1.630 para o salário mínimo no orçamento de 2026, baseado em estimativas iniciais de inflação e PIB. No entanto, a desaceleração da inflação nos últimos meses de 2025 fez com que o reajuste final fosse ajustado para R$ 1.621, valor abaixo da previsão inicial. Essa diferença é uma consequência da revisão dos dados econômicos mais recentes.

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Apesar da redução no valor final do aumento, o novo salário mínimo de R$ 1.621 ainda reflete o compromisso do governo com a política de valorização do salário dos trabalhadores. O reajuste beneficiará milhões de brasileiros e representa um passo importante para garantir que a renda mínima acompanhe o ritmo da economia, especialmente diante das flutuações da inflação e das metas fiscais do governo.

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