O Círio também representa uma oportunidade de sustento para vendedores informais, que veem na grande celebração religiosa uma chance de faturar uma renda extra. Em meio às romarias, barracas e ambulantes se multiplicam, oferecendo desde alimentos até lembranças da Santinha.

João Batista, desde 1995, faz do Círio um palco de empreendimento, vendendo imagens de Nossa Senhora de Nazaré. “Eu sabia que tinha que tentar algo e me joguei na fé. Naquela época, não era fácil, mas as vendas me ajudaram a seguir adiante”, conta. “É mais do que vender, é participar desse momento de fé e gratidão”, completa.

Conteúdos relacionados:

Já Marinalva e sua filha, Camila, compartilham não só o espírito empreendedor, mas também uma ligação familiar que se fortalece durante o Círio. Elas bordam toalhas com a imagem de Nossa Senhora e palavras como “Fé” e “Paz”. “Minha mãe me ajudou a bordar a primeira toalha para uma feira na escola. Quando vimos que era algo especial, decidimos trazer para o Círio”, explica Camila, 22. Desde então, mãe e filha trabalham juntas na confecção e venda das toalhas, dividindo a fé e a tradição que o Círio representa para elas.

Pedro Albuquerque, 39, encontrou nas fitinhas de promessa uma maneira de se conectar com o empreendedorismo e com o evento. Vendendo as coloridas fitinhas que simbolizam desejos e promessas, Pedro tem sua barraca estrategicamente posicionada na Doca de Souza Franco.

Quer saber mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no Whatsapp

“Vendia água e refrigerante, mas vi que as fitinhas tinham uma ligação maior com a fé das pessoas. Acredito que, de certa forma, também faço parte dessa corrente de fé. Cada fitinha vendida é um pedido que a pessoa faz com esperança por inúmeros motivos. É um trabalho coletivo, que me ajuda a exercer uma profissão e ajuda os promesseiros a simbolizarem isso”.

MAIS ACESSADAS