A violência contra a mulher ainda é uma triste realidade que deve ser combatido em todo o país. Segundo o último levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao menos 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil entre os anos de 2015 a 2023. Somente no ano passado, o índice de mulheres vítimas de violência aumentou em 1,4%, indicando que quatro mulheres foram vitimadas a cada dia.

Com a finalidade de mudar o panorama atual de violência contra a mulher,  o Ministério das Mulheres lançou nesta terça-feira, 19, o Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, onde serão destinados R$ 2, 5 bilhões de reais para capacitar mulheres de 15 a 29 anos que estejam em situação de vulnerabilidade. 

A Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves afirmou durante o evento que o crime de feminicídio pode ser evitado e citou algumas ações de prevenção que podem ser usadas para evitar a violência contra a mulher. “O nosso trabalho é garantir que nós não tenhamos tantas mulheres mortas nesse país, porque feminicídio são mortes evitáveis. Para prevenir o feminicídio, há várias ações que estão colocadas de educação, de cultura, na questão de garantir as Casas da Mulher Brasileira, os Centros de Referência, garantir qualificação e formação permanente”, destacou a ministra.

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Coordenado pelo Ministério das Mulheres, o plano contará com o auxílios dos ministérios dos Direitos Humanos, Educação, Casa Civil, Saúde, Justiça e Segurança Pública, Povos Indígenas, Igualdade Racial,  Desenvolvimento, Assistência Social e Combate à fome, Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e Planejamento e Orçamento. 

De acordo com a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o plano de ação é fundamental para que se diminuam os índices de violência contra a mulher. “O Plano de Ação lançado é um passo importante na concretização deste compromisso. A gente precisa trabalhar, cada vez mais, juntas e juntos para reverter a tendência de aumento de todas as formas de violência contra as mulheres e meninas desse Brasil”, afirmou.

A iniciativa do governo contará com 22 ações de prevenção primária, como realização de oficinas, campanhas publicitárias, formação de mulheres líderes comunitárias e qualificação de profissionais da Atenção Primária à Saúde.

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Também serão adotadas 20 atividades nas áreas de segurança pública, saúde, assistência social e justiça para intervir e prevenir a discriminação, misoginia e violência de gênero. Entre as ações está a reestruturação e qualificação do Ligue 180.

“Nós demoramos muito para pensar numa ação forte e decidida que fizesse a diferença na vida das meninas e, principalmente, meninas negras e mulheres indígenas. Além da questão de entrar nas áreas de tecnologia e da inclusão digital dessas meninas, que nós possamos ter, de fato, oportunidades neste país. O que falta para as meninas brasileiras é a oportunidade no mundo do trabalho, é a gente acreditar nelas para que elas façam a diferença”, completou Cida.

Para ver todo o Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, clique aqui

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