Nos últimos anos, a Europa vem registrando um crescimento no registro de lobos híbridos na natureza. O resultado se deu pelo cruzamento natural com cães domésticos e o nascimento desses animais está preocupando os cientistas que já discutem sobre o impacto dessa subespécie no futuro dos lobos “puro sangue”.

Enquanto uns defendem o extermínio da raça mutante, sob a alegação de que ela pode superar os lobos originais, acabando com a espécie do planeta. Já outros optando pela esterilização dos bichos.

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De acordo com os pesquisadores, um dos fatores que causaram o surgimento dos híbridos foi a pressão do homem sobre a natureza. A diminuição de habitats naturais, levando para perto do lobo os pets dos humanos, colabora para o cruzamento entre as espécies.

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Uma forma de identificação de um híbrido: são, muitas vezes, lobos “loiros”, de pelo caramelo, enquanto lobos puro sangue são escuros, acinzentados.

Estudos apontam para a presença de híbridos em quase todos os países europeus. Em regiões da Itália, eles se tornaram endêmicos, representando até 70% da população de lobos, mostra reportagem do jornal The Guardian.

No entanto, a ciência está olhando também para o lado bom dos lobos loiros. Os híbridos tem vantagens evolutivas em relação aos originais. No parque nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, por exemplo, descobriu-se que os lobos híbridos têm maior resistência a doenças.

Um dos temores é de que o comportamento destes animais fosse afetado pelos genes “domesticados” dos cães. A princípio, isso não está ocorrendo, como demonstram pesquisas na Itália que capturaram e observaram o comportamento dos híbridos. 

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