Nesta semana, Ex-diretores, executivos e presidentes das Americanas foram alvo de uma operação da Polícia Federal. Os mesmos estão sendo investigados por fraudes nos balanços da varejista que somam R$ 25,3 bilhões.

Um dos investigados é ex-CEO das Americanas Miguel Gutierrez. Ele está morando no exterior e havia sido detido pela Interpol em Madri, na sexta-feira (28), depois de uma operação da Polícia Federal no Brasil, mas já foi liberado pelas autoridades espanholas neste sábado (29). Ele é acusado de comandar esquema de fraudes contábeis de risco sacado. Essa prática consistiria em as Americanas anteciparem o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos.

A defesa de Miguel disse que o cliente "se encontra em sua residência em Madri". Por meio de nota, o advogado informou que Miguel está "no mesmo endereço comunicado desde 2023 às autoridades espanholas".

Ainda segundo a nota, o Executivo diz ser vítima de "alegações originadas por delações mentirosas". "A defesa reitera ainda que Miguel jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos", informa outro trecho da nota.

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Após a nota, o UOL chegou a questionar também se houve entrega do passaporte, mecanismo usado pela Justiça para evitar fugas. Porém, não houve resposta por parte dos advogados que representam o ex-CEO. O site também chegou a procurar a Polícia Federal e tenta contato com autoridades espanholas para confirmar detalhes do processo.

Ex-diretora se entrega

A ex-diretora das Americanas Anna Saicali, que também está no exterior vai se entregar a autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa. Ela estava na lista da Interpol e se comprometeu a se apresentar no local amanhã (30).

A defesa  dela solicitou uma pedido a justiça para revogar o pedido de prisão preventiva caso ela se entregasse e a justiça atendeu.  Por tanto, o juiz determinou que Anna deve "se apresentar às autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa sem ser detida, nem algemada, nem passar por qualquer tipo de constrangimento.".

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Essa mesma decisão exige que a ex-diretora entregue o passaporte. A executiva tinha passagem comprada desde antes da operação da PF contra os suspeitos de fraude nas Americanas. Acontece que o voo de retorno de Portugal para o Brasil foi adiado depois que os policiais entraram em ação.

A PF cumpriu ontem 14 mandados de busca e apreensão nas casas de ex-diretores. Os mandados foram determinados pela Justiça do Rio, que também mandou bloquear bens e valores dos alvos da força-tarefa que somam mais de R$ 500 milhões. Outros ex-diretores não foram encontrados.

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