Atualmente, muitas crianças já possuem celular e acesso às redes sociais, e muitos pais não conseguem controlar o tipo de conteúdo que seus filhos acessam, o que as expõe a riscos como o contato com estranhos, cyberbullying, conteúdos inadequados para a idade e, em casos mais graves, a exploração online. A falta de monitoramento adequado também pode prejudicar o desenvolvimento social e emocional das crianças, criando dependência digital e afetando o rendimento escolar.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou que o governo estabelecerá uma idade mínima, entre 14 e 16 anos, para o uso de redes sociais. Segundo ele, essa nova legislação nacional responde às preocupações de pais e responsáveis e “alivia a pressão sobre pais e professores, fornecendo o apoio da autoridade governamental e legal”.

Conteúdos relacionados:

“É claro que os pais já podem proibir o uso de celulares ou de determinadas redes sociais por seus filhos, mas ao fazer isso, enfrentam a forte pressão dos colegas, e ninguém quer que seu filho se sinta excluído”, argumentou Albanese.

O primeiro-ministro reconheceu os benefícios das inovações tecnológicas, mas alertou que a internet também pode ser um ambiente perigoso, com a presença de golpistas, predadores online e uma série de pressões sociais que podem afetar as crianças. “Conforme envelhecemos, a maioria de nós aprende a identificar os perigos e falsidades, desenvolvemos resiliência e percebemos que seguidores online não são necessariamente amigos. Também aprendemos a não nos comparar com os padrões irreais das imagens filtradas”, explicou Albanese. No entanto, ele reconheceu que esse processo é muito mais complexo para as crianças.

Quer ler mais notícias mundo? Acesse nosso canal no Whatsapp 

“Quero que os jovens australianos cresçam brincando ao ar livre com amigos, no campo de futebol, na piscina, experimentando diversos esportes, descobrindo a música e a arte, e se sintam confiantes e felizes, tanto na sala de aula quanto em casa”, afirmou. “Que ganhem e cresçam com experiências reais, com pessoas reais”. Para Albanese, essa medida não apenas tranquiliza os pais, mas também visa proteger a infância.

A proposta está sendo desenvolvida em colaboração com o Comitê de Segurança Eletrônica (eSafety Commissioner) da Austrália e será encaminhada ao Parlamento até o final do ano.

MAIS ACESSADAS